Apresentação: Configuradas por uma série de respostas, as emoções vêm sendo resumidas entre boas e ruins, podendo favorecer um olhar distorcido perante estes sinais fundamentais à sobrevivência. Enquanto o sujeito não desenvolver maneiras de enfrentamento satisfatórias, pode estar mais vulnerável ao desenvolvimento de doenças físicas e emocionais. A ação foi desenvolvida dentro da disciplina saúde coletiva na Unidade de Saúde da Família - USF Paraíso Verde em Belém/PA, através de orientação e supervisão docente, e com algumas referências da literatura, utilizando a educação emocional como uma oportunidade para maior entendimento do tema e contribuição para a saúde mental dos participantes. Elaborou-se uma dinâmica em roda de conversa usando de perguntas para incitar o debate, além de um quadro retratando as diversas formas de expressão emocional, tendo a assertividade como a mais recomendada. Este relato retrata as experiências vivenciadas pelos discentes durante a atividade que propôs favorecer aspectos como o autoconhecimento e qualidade de vida através da desmistificação das emoções, contribuindo para a imagem de uma saúde além de aspectos físicos. Desenvolvimento do trabalho: A metodologia ocorreu com base em um levantamento de necessidades, a partir de entrevistas e acolhimento com os usuários e trabalhadores da USF. Em seguida, com o referencial teórico no livro Sentimentos que causam estresse, de Marilda Lipp, houve a supervisão do orientador docente e colaboração dos demais professores do curso de psicologia do Cesupa, dentro da Disciplina Saúde Coletiva. Sucedeu-se um planejamento da intervenção na USF, com a elaboração de uma roda de conversa com usuários e trabalhadores, a confecção de material de apoio, dentre esses um folder com informações sobre o tema e contatos de clínicas que oferecem atendimentos psicológicos gratuitos; e também um quadro da paleta da expressão emocional, apresentando de forma lúdica maneiras de lidar com as emoções: passiva, agressiva e assertiva. Dito isso, a roda de conversa foi baseada em um pote com doze emoções, divididas em quatro rodadas. Resultados: No início, os presentes se mostraram receosos em participar da roda de conversa através das emoções sorteadas na hora. Contudo, à medida que o diálogo fluía, esses se abriram e compartilharam suas vivências relacionadas às emoções que eram trazidas. Além dos pacientes, os trabalhadores da USF se juntaram à roda trazendo suas próprias vivências. Notou-se que os participantes, ao compartilharem suas experiências, se validaram mutuamente, e pediram uma maior frequência de intervenções na USF nos cartões de feedback. Ao fim, nem todas as emoções foram discutidas, visto que a conversa fluiu de tal forma que extrapolou o tempo limite. Considerações Finais: A atividade demonstrou-se eficiente e adequada aos seus objetivos. Após a intervenção, a presença de demanda por psico-orientação era constante e notória demonstrando que a roda de conversa foi gratificante e produtiva, excedendo os parâmetros estabelecidos. A atividade ressaltou a necessidade dos conhecimentos psicoeducativos nos espaços de saúde como a USF, se mostrando satisfatório para além dos pacientes e trabalhadores, contribuindo para o crescimento dos discentes, evidenciando a importância da validação das emoções em sua integridade.