Introdução: A bronquite aguda e a bronquiolite aguda são doenças respiratórias frequentemente observadas em lactentes, particularmente nos menores de um ano de idade. Essas condições representam uma preocupação significativa para a saúde pública devido à sua alta incidência e potencial gravidade. A análise da prevalência dessas doenças é essencial para compreender sua distribuição geográfica, características demográficas e padrões temporais. Objetivo: Analisar a prevalência de casos de bronquite aguda e bronquiolite aguda em menores de 1 ano de idade no período de 2019 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal e observacional sobre os casos de bronquite aguda e bronquiolite aguda em lactentes com uso de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Resultados: Entre janeiro de 2019 a 2023 foram registrados 218.565 casos de internações por bronquite aguda e bronquiolite aguda no Brasil, em menores de 1 ano de idade, sendo 48,2% registrados na região Sudeste e a menor prevalência no Norte, com 5,9%. Dessas notificações, 129.270 eram do sexo masculino e 89.295 do sexo feminino. Do total das internações, o maior registro , em relação à cor/etnia, foi a parda com 97.977 (44,8%) e a menor foi a indígena com 1.296, desse total, 36.352 foram registrados sem informação. Além disso, a maior das internações foi em 2023 (33,4%) e os menores registros em 2019 (4,7%). Em relação ao caráter de atendimento, 97,4% eram de urgência. Ademais, nesse período, houve a notificação de 573 mortes por Bronquite aguda e bronquiolite aguda no Brasil, sendo 233 (40,6%) na região Sudeste, seguida de 154 (26,8%) na região nordeste. Conclusão: A análise dos dados de 2019 a 2023 revela que a bronquite aguda e a bronquiolite aguda são prevalentes entre lactentes no Brasil, com a região Sudeste sendo a mais afetada e a região Norte a menos impactada. A predominância de casos em 2023 e a alta taxa de atendimentos de urgência indicam uma crescente demanda sobre os serviços de saúde. Com 573 mortes registradas, principalmente na região Sudeste, a gravidade dessas condições é evidente. Esses resultados destacam a necessidade de intervenções direcionadas e políticas de saúde pública para melhorar a prevenção, tratamento e manejo dessas doenças respiratórias em lactentes.
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