Conforme definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), Cuidados Paliativos são uma abordagem que busca assegurar a qualidade de vida de pacientes e de suas famílias, frente a diagnósticos de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Os Cuidados Paliativos acontecem concomitantemente ao tratamento da doença e devem ter início desde o diagnóstico, garantindo suporte físico, emocional, espiritual, familiar e social, em todos os níveis de atenção à saúde. A universalização do acesso aos Cuidados Paliativos é uma questão crucial para assegurar o cuidado além da perspectiva de cura, de forma que os usuários de serviços de saúde sejam ampla e integralmente assistidos por equipes sensibilizadas às suas necessidades. Nessa perspectiva, o presente estudo busca compreender os desafios da atuação em Cuidados Paliativos e a importância da interdisciplinaridade nessa construção de saúde. Para isso, o método utilizado foi a revisão narrativa em plataformas como Scielo e BVS, levantando artigos publicados entre 2020 e 2024. A partir deste levantamento, percebe-se que por vezes, a atuação em Cuidados Paliativos é prejudicada ou impedida devido à perpetuação de tabus e preconceitos, que compreendem a abordagem como forma de desamparar um paciente ou como cuidado exclusivo ao fim da vida. Entretanto, identificam-se movimentos que buscam expandir o conhecimento e a reflexão acerca dos Cuidados Paliativos, com o intuito de repensar o modelo biomédico de saúde. Conclui-se, pois, que é necessário conscientização de profissionais e usuários acerca dos Cuidados Paliativos, a fim de promover integralidade no cuidado e a implementação da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP). Assim, debater Cuidados Paliativos é promover dignidade, alívio de sofrimento e uma forma de afirmar a vida com qualidade.