Introdução: A educação em saúde desempenha um papel crucial na proposição de ações transformadoras voltadas para autonomia e emancipação do indivíduo, promovendo tanto o autocuidado, quanto o cuidado da família e coletividades. Neste contexto, a sala de espera emerge como uma estratégia de educação preventiva que oferece um ambiente propício para cuidado humanizado e contribui para fortalecer os laços entre a comunidade e os serviços de saúde. Pesquisas indicam que, a utilização deste espaço para metodologias assistenciais pode contribuir para minimizar os sentimentos de ansiedade, de medo, de tristeza e de angústia, e em concomitância, promover saúde. Ademais, a execução de salas de espera por estudantes de medicina propicia a estes, possibilidade de aplicação prática dos conteúdos teóricos estudados em sala de aula, estimula a pesquisa e uso de mídias na abordagem das informações em saúde de forma didática à população. Objetivo: Implantar o projeto de salas de espera, numa USF Integrada de João Pessoa- PB, e assim transformar o tempo de espera dos usuários numa oportunidade educativa para promoção e prevenção da saúde da comunidade. Métodos: Esta pesquisa descreveu um relato de experiência sobre a implantação de salas de espera, realizada durante o período de agosto a novembro de 2023, em uma USF Integrada de João Pessoa-PB. A equipe responsável foram os estudantes do sexto período de uma faculdade de medicina da Paraíba. O planejamento dos temas para salas de espera foi executado conforme as demandas trazidas pelos profissionais de saúde, de acordo com as necessidades dos usuários do território. Resultados: As ações de educação em saúde na sala de espera ocorreram no período de agosto a novembro de 2023, nos turnos da tarde, com um intervalo de 15 dias entre uma abordagem e outra. Estas atividades foram lideradas por estudantes de medicina de uma faculdade da Paraíba. Foram realizadas oito salas de espera, com 15 usuários por sala, incluindo adultos, jovens, crianças, gestantes e idosos. Com uma duração de 30 minutos, tendo como temas: diabetes mellitus, hipertensão arterial, alimentação saudável, prevenção do câncer de próstata, infecções sexualmente transmissíveis e testes rápido, importância das consultas no pré- natal e na puericultura, saúde mental e automedicação e suas consequências. A partir dessa vivência foi desenvolvido um relato de experiência realizado por estudantes do sexto período de medicina, com campo de atuação na atenção primária a saúde. Considerações finais: Essa abordagem não apenas aprimorou a qualidade do atendimento, mas também fortaleceu o acolhimento aos usuários. Melhorou a interação entre usuário, estudantes de medicina e profissionais de saúde e efetivou a aproximação cada vez maior entre a comunidade e serviços de saúde de forma contínua. No entanto, cabe ressaltar que é fundamental o comprometimento dos profissionais de saúde para dar continuidade a este projeto e dessa forma repercutir positivamente nos hábitos de vida dessa comunidade.
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