As possibilidades de formação de trabalhadores: relato de experiência da Preceptoria do Programa Saúde com Agente em Figueirópolis, TO

  • Author
  • Sondre Alberto Schneck
  • Co-authors
  • Rosana Maffacciolli , Roselane Zordam Costella , Saionara Araújo Wagner , Andrea Fachel Leal , Luciana Barcellos Teixeira , Fabiana Shneider Pires , Leandro Raizer , Daniela Riva Knauth
  • Abstract
  • Introdução: O Programa Saúde com Agente* (PSA) destinou-se à formação técnica de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Agentes de Combate à Endemias (ACE), em âmbito nacional, e ofereceu, 200.000 vagas na primeira edição. O curso foi híbrido com tutoria EAD e  preceptoria sob supervisão de um profissional vinculado à Atenção Primária em Saúde (APS). Objetivo: relatar as  atividades da preceptoria com 9 estudantes em Figueirópolis - TO em 2023. Relato da experiência: A preceptoria foi pactuada previamente com os atores da gestão local e executada por uma docente e um docente da UFRGS. Adaptações de conteúdos da experiência prática, considerando o trabalho conjunto entre ACE e ACS, foram elaboradas com a equipe da preceptoria e do grupo pedagógico da UFRGS. Durante 5 dias, as atividades de dezesseis disciplinas foram realizadas de modo integrado. O cronograma foi pactuado com os estudantes, considerando a possibilidade de qualificar sua práxis a partir do que já era feito em seu trabalho cotidiano. Conhecimentos teóricos contemplados na tutoria foram abordados na prática juntamente com aspectos biológicos, socioambientais, promovendo uma reflexão sobre determinação social do processo saúde e doença com a mediação da preceptoria. Na perspectiva da aprendizagem significativa, o conhecimento e a experiência acumuladas dos estudantes, enquanto trabalhadores de saúde, estruturaram os métodos de ensino. Em local disponibilizado pela gestão, e organizado com mesas e cadeiras dispostas em forma de círculo, foram acionados recursos como dinâmica de apresentação a partir de narrativas de si, uso de folhas de papel pardo com diversos materiais empregados (para dinâmica sobre território),  jogos de animação, encenações, debates, exibição de vídeos, treino de habilidades técnicas (suporte básico de vida e sinais vitais e atendimento a vítima de acidentes com animais peçonhentos), análise de registros de indicadores. Construções dos estudantes: Em saídas de campo, houve avaliação de pontos estratégicos para a vigilância epidemiológica e ambiental, visitas domiciliares, oficinas de educação em saúde em Unidade Básica sobre agravos crônicos e doenças transmissíveis. As noções de território e saúde, práticas educativas na saúde, atenção aos ciclos de vida, saúde ambiental, entre outros, foram integradas entre ACE e ACS. Ao final de todos os encontros, era proposto um momento para que os estudantes expressassem suas percepções com relação ao aprendizado e à metodologia. Relatos de suas impressões eram compartilhados por meio de texto em grupo de whatsapp Considerações Finais: os estudantes compartilharam histórias de vida e representações da comunidade pensando a passagem da paisagem para o espaço e então a conformação do território-vivo. Os agentes revelaram o território atravessado pela passagem da BR 153 e nomearam desafios a partir do acionamento dos campos da saúde coletiva e outros saberes e práticas, para pensar seu território e propor intervenções em acesso à saúde segundo o escopo de atuação dos agentes.

    *Portaria GM/MS nº 3.241/2020, Programa executado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)

  • Keywords
  • Agente Comunitário de Saúde, Promoção da Saúde, Preceptoria
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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