”Quero morar na parte alta da cidade” a preceptoria regional de ACS e ACE do Programa Saúde com Agente no contexto da ‘alagação’ em Rio Branco no Acre.

  • Author
  • Sondre Alberto Schneck
  • Co-authors
  • Roselane Zordam Costella , Rosana Maffacciolli , Saionara Araújo Wagner , Diogo Pilger , Daniela Riva Knauth , Fabiana Schneider Pires , Luciana Barcelos Teixeira , Leandro Raizer
  • Abstract
  • ntrodução: O Programa Saúde com Agente* (PSA) destinou-se à formação técnica de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Agentes de Combate à Endemias (ACE), em âmbito nacional, e ofereceu, 200.000 vagas na primeira edição. O curso foi híbrido com tutoria EAD e  preceptoria sob supervisão de um profissional vinculado à Atenção Primária em Saúde (APS). Objetivo: relatar as  atividades da preceptoria com 9 estudantes em Rio Branco ACRE 2024. Relato da experiência: A atividade foi planejada previamente com os atores da gestão local e executada por uma a e um docente da UFRGS. Adaptações de conteúdos da experiência prática, considerando o trabalho conjunto entre ACE e ACS, foram elaboradas com a equipe da preceptoria e do grupo pedagógico da UFRGS. Durante 5 dias, as atividades de dezesseis disciplinas foram realizadas de modo integrado. O cronograma foi pactuado em conjunto com atores locais da gestão e estudantes, para possibilitar a qualificação de sua práxis a partir do que já era feito em seu trabalho cotidiano, relacionada à situação de enfrentamento da “alagação no território”. Na perspectiva da aprendizagem significativa, o conhecimento e a experiência acumuladas dos estudantes, enquanto trabalhadores de saúde, estruturaram os métodos de ensino. Conhecimentos teóricos contemplados na tutoria foram abordados na prática juntamente com aspectos biológicos, socioambientais, promovendo uma reflexão sobre determinação social do processo saúde e doença com a mediação da preceptoria. Em local disponibilizado pela gestão, na sede da Vigilância em Saúde foram utilizados recursos como dinâmica de apresentação a partir de narrativas de si, uso de folhas de papel pardo com diversos materiais empregados (para dinâmica sobre território),  jogos de animação, encenações, debates, exibição de vídeos, treino de habilidades técnicas (suporte básico de vida e sinais vitais e atendimento a vítima de acidentes com animais peçonhentos), análise de registros de indicadores. Construções dos estudantes: durante os dias de trabalho os estudantes, passaram por experiencias desde metodologias ativas até o acompanhamento nas atividades de dispersão, que compreenderam visitas em centros de acolhimento de desabrigados alagações até visitas a famílias pela periferia da cidade. As noções de território e saúde, práticas educativas na saúde, atenção aos ciclos de vida, saúde ambiental, entre outros, foram integradas entre ACE e ACS. E tiveram sempre como refereência esta sistuaçºao pacualiar dos desabrigados. Ao final de todos os encontros, era proposto um momento para que os estudantes expressassem suas percepções com relação ao aprendizado e à metodologia. Relatos de suas impressões eram compartilhados por meio de texto em grupo de Whatsapp. Considerações Finais: O processo mostrou a transformação dos estudantes no modo de perceber os desejos ambivalentes da população que, ao mesmo tempo, não queria  permanecer em áreas onde há o fenômeno da alagação próximas ao rio, que é perpassada de modo potente pelo tecido social, mas deseja por outro lado, “morar na parte alta da cidade”.

    *Portaria GM/MS nº 3.241/2020, Programa executado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS)

     

     

  • Keywords
  • Agente Comunitário de Saúde, Promoção da Saúde, Preceptoria, Sistema Único de Saúde
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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