COMUNICAÇÃO INEFICIENTE COMO BARREIRA AO ACESSO À SAÚDE NO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Author
  • Geraldo de Freitas de Souza Junior
  • Co-authors
  • Elisa Rucks Megier , Bruna Cristiane Furtado Gomes , Teresinha Heck Weiller , Letícia Therezinha Prates dos Santos , Evanir Parcianello , Carla Mario Brites
  • Abstract
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    Introdução: O serviço de atenção especializado, conhecido popularmente como serviço ambulatorial, recebe pacientes para consultas e exames especializados os quais são encaminhados pela atenção básica, regulados pela secretaria de saúde municipal. Objetivo relatar as percepções a partir da vivência como estagiário em um serviço de atenção especializada, analisando de maneira crítica reflexiva os processos de gestão e comunicação dentro da rede de atenção  à saúde (RAS) municipal. Desenvolvimento: Dentro da dinâmica de estagiário no serviço foi possível observar possibilidades e desafios de acesso dos usuários ao serviço especializado, dentre estes, os entraves comunicativos. Identificou-se que a comunicação entre os setores e níveis de saúde mostrou serem ruidosas e complexas. Ao mesmo tempo que o serviço recebe encaminhamentos formais de pacientes provindos da regulação municipal, conforme protocolo, há muitos profissionais da atenção básica que encaminharam de forma informal, seja via email ou através do usuário. Neste último caso, identifica-se a comunicação ineficiente como uma barreira de acesso ao referido serviço. Nesses casos reforçou-se as orientações com as equipes de saúde e com os pacientes. Quanto à comunicação com os pacientes, as principais dificuldades eram contatar os pacientes tanto para marcar a consulta quanto para a confirmação do comparecimento à consulta. Isso se dava principalmente pelos números de contato estarem desatualizados, os paciente não atenderem as ligações, e o serviço municipal não disponibilizar um número de telefone móvel para o envio de mensagens de texto. A comunicação está presente nas rotinas da saúde nos mais diversos âmbitos, ela não só é fundamental para a relação paciente-profissional - durante consultas, diagnósticos, comunicados e etc -  como também para as relações interprofissionais e intersetoriais - encaminhamento de pacientes, referência e contra referência, entre outros. De modo que as competências comunicativas pessoais afetam a efetividade do cuidado prestado e eficiência dos serviços de saúde. Contatar  adequadamente o paciente se faz necessário para marcação de consultas e exames, além da busca ativa. Além disso, educar o paciente quanto ao uso adequado dos serviços de saúde e a constante atualização de seus dados cadastrais se mostra uma necessidade. Habitualmente o sistema de saúde trabalha com filas de espera, isso se dá por uma série de fatores estruturais como alta demanda, escassez de prestadores de serviço e etc.Tais filas ocasionam perda de anos produtivos, agravos evitáveis, além disso , sua recorrente imprevisibilidade afeta negativamente o planejamento individual de pacientes e familiares. Dar celeridade e resolutividade a essas filas têm sido pauta importante em países desenvolvidos como Austrália, Estados Unidos e etc.Logo é importante olhar para a comunicação como um fator de eficiência para o serviço do SUS. Resultados: A partir dessa análise, foi possível perceber a necessidade de bom gestores para o bom funcionamento e efetividade da comunicação entre os níveis de atenção na RAS, dentro do processo de vivência possibilitou-se a discussão e implementação de novos caminhos para a comunicação com o paciente, assim como para sua educação construindo diálogos mais eficientes de forma a garantir os direitos dos usuários assim como informá los de suas responsabilidades. 

  • Keywords
  • Comunicação; Redes de Atenção; Educação em Saúde
  • Subject Area
  • EIXO 3 – Gestão
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