Apresentação: Aprender é uma experiência de vida que traz como consequência o fenômeno da aprendizagem, que por sua vez se relaciona como uma conexão que o indivíduo faz entre um novo conceito-estruturas mentais e o meio ambiente onde está inserido. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), atuam como elo entre a comunidade e os serviços de saúde. Políticas e experiências relacionadas à formação dos profissionais da área tendem a ofertar um atendimento mais qualificado. Nisso, o objetivo deste resumo foi relatar as experiências obtidas através da participação, enquanto preceptora, na implantação do projeto pedagógico do Curso do “Programa Saúde com Agente”. Desenvolvimento: As reflexões aqui germinadas partiram das experiências possibilitadas a partir da minha participação enquanto preceptora, durante o Curso do “Programa Saúde com Agente”, criado com a metodologia inovadora de uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde – CONASEMS e o Ministério da Saúde. Tais experiências, trazem a viabilidade de organização da estrutura do aprendizado destes profissionais que em tese ocasiona convergência entre o conhecimento empírico com o teórico, tornando-os capazes de produzir conhecimentos técnicos aprofundados e significativos. Protagonizar com excelência, cuidados em saúde num Município de 7.200 habitantes, onde existem singularidades territoriais significativas, apesar de sua pequena densidade demográfica. Resultados: Através da atuação como preceptora do Curso do “Programa Saúde com Agente” foi possível compreender que os ACS são a conexão entre os serviços e os usuários e quão essenciais eles se tornam quando essa conexão funciona. Principalmente quando se leva essa possibilidade a lugares distantes e territórios afastados das grandes metrópoles, como é o caso da minha região. Através dos materiais didáticos pedagógicos que foram oferecidos pelo curso, foi possível acompanhar o ritmo de aprendizado dos agentes comunitários na jornada teórica, incentivando assim o comprometimento com os estudos e trazendo o conhecimento obtido para a realidade do trabalho, principalmente quando se leva em consideração as dificuldades encontradas pelo distanciamento, por um período de pós pandemia, pelo fato de muitos profissionais estarem afastados dos estudos e principalmente das novas tecnologias de aprendizado. O difícil acesso, a falta de recursos, o desinteresse político por uma região com baixa densidade demográfica ocasiona uma lacuna estrutural que afeta a qualidade do trabalho, contudo perceber como o conhecimento aumenta a autoestima e a percepção de si como profissional, me fez vislumbrar a grandeza do poder do conhecimento. Considerações finais: Dessarte, apresento as experiências de formação e aprendizado, proporcionaram intensa interação entre os ACS que apesar de terem as mesmas funções no município, perceberam durante as discussões o quanto existia de peculiaridade nos fatores de risco e nos determinantes sociais em cada território. Deixamos como inspiração, pois é certo que ainda urge a necessidade da gestão reconhecer a importância do protagonismo do ACS no seu campo de trabalho e romper com a ideia da criação de espaços com a devida estruturação e organização para a formação prática e teórica dos ACS, de forma permanente e progressiva.