Em 1889, na tela “Noite Estrelada”, o pintor holandês Vincent Willem van Gogh retrata uma noite atormentada a partir de pinceladas fortes da janela de seu quarto no hospício de Saint-Rémy-de-Provence. Na obra, é denunciado o estado emocional de Vincent, suas perturbações mentais, sua angústia. Além de mecanismo tranquilizante de transtornos de ansiedade, a expressão artística (pintura, escultura, desenho, dança, canto, fotografia, literatura, performance e teatro) e a musicalidade são fundamentais no cuidado de pacientes com transtornos mentais por ser um veículo de comunicação entre o paciente e os profissionais cuidadores, como psiquiatras. Diversos estudos apresentaram a musicalidade e a arte como uma alternativa para problemas no aprendizado cognitivo, a exemplo da ação de tocar um instrumento que influencia positivamente na capacidade interpretar e resolver problemas, no desenvolvimento de habilidades motoras e na expressão de sentimentos. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo descrever a influência do incentivo a expressão artística e musical no cuidado de pacientes com perturbações mentais. Este estudo se justifica por contribuir com as abordagens terapêuticas e por promover discussões acerca da manifestação artística e musical no tratamento de pacientes com sofrimentos recorrentes causados por transtornos mentais. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura de cunho exploratório – qualitativo. Os trabalhos serão coletados na base de dados do PubMed, Science Direct e BVS com a restrição temporal de 10 anos (2014-2024) a partir da utilização dos termos “musicalidade”, “música”, “expressão artística”, “arte”, “Terapia Cognitiva Comportamental” e “perturbação mental” como mecanismos de busca Inglês/Português. Os resultados serão demonstrados após a seleção, avaliação e síntese da informação extraída dos estudos encontrados nos bancos de dados. Espera-se encontrar um diálogo entre os estudos que demonstrará o uso da arte como uma ferramenta essencial da Terapia Cognitiva Comportamental capaz de direcionar o tratamento e promover uma melhora seja pelo acolhimento do paciente, seja pela compreensão da perturbação mental pelos cuidadores e pelo próprio doente.