A situação dos povos indígenas que vivem nas cidades é bastante complexa e desafiadora. Muitas vezes, eles enfrentam dificuldades no acesso a serviços básicos, como saúde, educação e saneamento. No caso específico da Comunidade Parque das Tribos, em Manaus, no Amazonas, a falta de acesso aos serviços de saúde durante a pandemia da COVID-19 é um exemplo desses desafios. Os povos indígenas têm sido especialmente afetados pela pandemia, pois muitos vivem em condições precárias nos centros urbanos e não têm acesso adequado à informação sobre prevenção e cuidados com o vírus. Além disso, as estruturas de saúde existentes muitas vezes não estão preparadas para atender às necessidades específicas desses povos. Eles enfrentam barreiras linguísticas, culturais e geográficas que dificultam o acesso aos serviços de saúde pública. Muitas vezes, são discriminados ou tratados de forma inadequada pelos profissionais de saúde. No caso da Comunidade Parque das Tribos em Manaus, é fundamental que sejam implementadas políticas públicas voltadas para melhorar o acesso aos serviços de saúde, educação e saneamento básico. Também é importante promover a valorização da cultura indígena na cidade e garantir o respeito aos direitos fundamentais desses povos. É necessário reconhecer a importância dos povos indígenas na formação do Brasil e garantir suas necessidades básicas para uma vida digna nas cidades. O tema da presença e dos desafios enfrentados pelos povos indígenas nas cidades é extremamente relevante por várias razões, dentre elas o reconhecimento da diversidade cultural, direitos humanos e direito à saúde. O presente estudo tem como objetivo identificar as lideranças indígenas, cuidadores tradicionais que compõem a rede de cuidados em saúde da Comunidade, compreender o processo de organização sociocultural dos indígenas na Comunidade Parque das Tribos. O presente estudo tem abordagem qualitativa, a qual responde a questões particulares, trazendo uma realidade que não pode ser quantificada e aborda múltiplos valores, razões, significados, crenças e atitudes, de modo a aprofundar a investigação das relações e ações antropológicas; sendo o método estratégico de busca dos dados a Observação Participante, em que o observador participa ativamente nas atividades de coleta, sendo requerida a capacidade do investigador de se adaptar à situação. O estudo ainda está em desenvolvimento, e espera-se que o observador tenha como resultado uma compreensão aprofundada das experiências, percepções e significados atribuídos pelos indígenas urbanos às suas práticas de cuidado em saúde. Essa abordagem qualitativa permite explorar aspectos subjetivos e contextuais, fornecendo insights valiosos sobre as dinâmicas sociais, culturais e ambientais relacionadas à saúde desses povos.
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