OS IMPACTOS DA DENGUE NA GRAVIDEZ: UMA ANÁLISE BASEADA EM ESTUDOS
Apresentação: A dengue é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, predominante no Brasil. O vírus da dengue (DENV) pertence à família Flaviviridae e ao gênero Flavivirus, com quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, cada um apresentando diferentes genótipos. A infecção pelo DENV durante a gestação é particularmente crítica e a prevenção eficaz da dengue não só protege a população geral, mas também é crucial para a segurança de mulheres grávidas e seus bebês, reduzindo os riscos de complicações graves associadas à doença. Desse modo, o objetivo deste estudo é enfatizar os impactos da dengue na gravidez. Desenvolvimento No Trabalho: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados especializada como: Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Os descritores utilizados na busca incluíram “Dengue”, “Gestantes” e “Saúde Pública”. A seleção foi restrita a estudos publicados em português e inglês no período de 2020 a 2024, que estivessem diretamente relacionados ao tema em questão. Este processo criterioso resultou na identificação de dezoito textos científicos. Após a leitura minuciosa, foram selecionados e incluídos neste estudo uma amostra final de dez artigos que atenderam aos critérios estabelecidos. Resultados: As mulheres grávidas constituem um grupo particularmente vulnerável à infecção por dengue, a qual pode acarretar sérios riscos tanto para a mãe quanto para o feto. Em gestantes, a dengue pode resultar em diversas complicações graves, sendo as mais preocupantes a trombocitopenia, caracterizada pela redução significativa no número de plaquetas relacionada ao aumento do risco de hemorragia, e a pré-eclâmpsia que pode levar à eclâmpsia, principal causa de óbito materno. Para o feto, a dengue está associada à transmissão vertical do vírus, aumento do risco de parto prematuro e elevação da mortalidade perinatal. O manejo da dengue durante a gravidez envolve o controle rigoroso dos sintomas e manutenção adequada da hidratação. Em março de 2024, houve a publicação do "Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério". A publicação representa um avanço significativo no enfrentamento deste desafio de saúde pública, oferece diretrizes abrangentes e atualizadas, essenciais para a prática clínica, e destaca a necessidade de intervenções especializadas para proteger a saúde de gestantes e fetos. Considerações Finais: Destaca-se a vulnerabilidade das mulheres grávidas à infecção por dengue, sublinhando as graves complicações que podem afetar tanto a mãe quanto o feto. A implementação das diretrizes publicadas para assistência às gestantes é crucial para melhorar os desfechos maternos e neonatais, reduzindo a morbidade e mortalidade associadas à dengue na gravidez. Evidencia-se a importância de esforços contínuos na prevenção, diagnóstico e tratamento da dengue, especialmente entre as populações mais vulneráveis. O manejo eficaz da dengue durante a gravidez, incluindo o controle rigoroso dos sintomas e a manutenção adequada da hidratação, é essencial para minimizar os impactos adversos.
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