O presente trabalho descreve as vivências de prazer e sofrimento das profissionais de enfermagem em um hospital universitário. Essa pesquisa baseia-se em uma abordagem qualitativa e descritiva onde foram entrevistadas 40 mulheres profissionais de enfermagem. Optou-se por utilizar entrevistas com roteiro semiestruturado e análise de conteúdo de Bardin. As entrevistas foram realizadas entre os dias 20 de julho de 2022 a 12 de outubro de 2022, em Vitória-ES. Tivemos no total 40 participantes, com idade entre 30 a 58 anos. Das 40 participantes, 29 tinham filhos (72,5%) e, 65,5% tinham filhos menores de idade aos seus cuidados (19 participantes). Sobre o estado civil, 23 participantes se declararam casadas ou em união estável (57,5%), 4 participantes eram divorciadas (10%), 11 se declararam solteiras (27,5%) e 2 eram viúvas (5%). Sobre o perfil profissional, 7 participantes eram auxiliares de enfermagem (17,5%), 23 participantes eram técnicas de enfermagem (57,5%) e 10 eram enfermeiras (25%). Já em relação ao tempo de trabalho dentro do hospital pesquisado: 5 participantes tinham até 5 anos de serviço (12,5%), 27 participantes tinham entre 6 a 10 anos (67,5%), 5 participantes tinham entre 16 a 20 anos (12,5%) e 3 participantes tinham entre 26 a 30 anos (7,5%). Ressalta-se que 80% da amostra tinha no máximo 10 anos de serviço no hospital. Além disso, 12 participantes tinham mais de um emprego (30%).Os mais variados motivos foram encontrados como fonte de prazer e sofrimento. Os fatores que geraram alegria foram: a recuperação do paciente, um bom relacionamento com pacientes e acompanhantes, o elogio, sentir-se útil e um bom relacionamento com a equipe. Já as causas de sofrimento, foram identificas a partir das dificuldades em lidar com a dor, doença, morte, sofrimento, problemas causados pela oorganização dos processos de trabalho, assim como e as diversas formas de falta de reconhecimento ee valorização profissional, em decorrência das diversas situações geradoras de sofrimento as trabalhadoras da equipe de enfermagem. Na pesquisa foi possível apreender que ao relatarem seu cotidiano, essas mulheres enfrentam inúmeros desafios que podem comprometer a sua saúde física e mental. Ressaltamos, ainda, a importância do comprometimento das instituições na tentativa de minimizar o máximo possível o sofrimento das trabalhadoras, assim como no reconhecimento e valorização do trabalho dessas profissionais, no sentido de promover a saúde e a satisfação dessas trabalhadoras.