Considerar o “fazer saúde” como um instrumento de consciência crítica, utilizando teatro como uma prática artística e ferramenta para o diálogo, onde ele se insere nos debates da classe trabalhadora e no enfrentamento das expressões da questão social e os determinantes sociais de saúde, além de ser uma ferramenta de promoção da saúde. Como profissional da saúde, a linguagem é uma das maiores ferramentas na intervenção junto aos pacientes e a democratização da comunicação é, antes de tudo, uma questão de justiça social e cidadania, onde é considerado um direito humano à informação, sendo consubstancial à vida democrática. Desde os primórdios da história o homem faz uso da arte e suas diversas expressões para se comunicar, ao longo da história foram criados diversos mecanismos de comunicação, sendo a arte também criada com esse intuito, e o teatro também pode ser usado como facilitador do diálogo entre os usuários da saúde e os profissionais, também como um ato político e uma maneira lúdica de conversar, utilizando da representação, atuação, da cena, da dramaticidade e as capacidades da comunicação oral, visual, cênica e corporal para criar e transmitir. Quando falamos em teatro, os jogos e os exercícios podem ser fundamentais para a construção da reflexão, da crítica e da comunicação, onde as técnicas estejam comprometidas com a realidade social dos sujeitos. Como uma estratégia de educação em saúde, onde é necessário estabelecer um contato com as situações do cotidiano, em seus aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, desenvolver atividades educativas e culturais torna-se cada vez mais relevante para que se possa atingir a integralidade do cuidado, uma vez que se trata de uma das atribuições de todos os profissionais do SUS, sendo assim, o teatro pode ser uma estratégia de promoção da saúde, onde ele é capaz de enriquecer as ações educativas de forma criativa, estimulante, integrativa e participativa, que intensifica as diversas trocas de saberes, favorecendo o conhecimento a construção de novas relações sociais. Portanto, utilizar destas tecnologias leves em saúde que promovem a integralidade do cuidado, acaba reduzindo o sofrimento, melhorando a qualidade de vida e desenvolvendo a autonomia dos sujeitos atendidos.
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