A intersetorialidade como estratégia de fortalecimento da Atenção Básica no Distrito Federal

  • Author
  • Josiclea Gomes da Silva
  • Co-authors
  • Pedro Henrique de Souza Couto
  • Abstract
  • Apresentação: A intersetorialidade sugere ampliação de respostas às necessidades de saúde que, muitas vezes, são complexas e perpassam um único setor. A interação de diferentes setores constroi um trabalho complementar e não sobrepujante, ou seja, os conhecimentos se somam e não se sobrepõem setorialmente. A Atenção Básica (AB) possui papel importante na articulação com a rede intersetorial integrando o Conselho Tutelar, Centros de Referência de Assistência Social, educação, órgãos de justiça e organizações comunitárias, possibilitando maior resolutividade. Objetivo:  Fazer uma análise descritiva da realidade do Distrito Federal (DF), no que tange a intersetorialidade como potência para o trabalho na AB. Metodologia:  Trata-se de um estudo desenvolvido a partir  de contribuição crítico reflexiva de profissionais de saúde que atuam no Programa Multiprofissional de Atenção Básica (PRMAB) da Fiocruz Brasília. Esta atividade compõe parte do módulo - Atenção Básica à Saúde do PRMAB. Resultados: As estratégias para a intersetorialidade ocorrem de forma descentralizada, heterogênea como uma espécie de rizoma. Em favor da integração da saúde e educação no DF, o “cartão material escolar” e o “cartão creche” atuam como estratégias para subsidiar a permanência de crianças no âmbito escolar. Outro cenário é a união entre saúde, esporte e lazer, com o programa Centros Olímpicos e Paralímpicos, que estimula práticas corporais e atividades físicas para a comunidade. Visando a prevenção da violência, na esfera distrital, algumas iniciativas foram implementadas como: a Lei nº 7.314 de 2023, que estabelece medidas de assistência financeira e psicossocial, de forma temporária, aos órfãos de feminicídio; os Centros de Especialidade para Atenção as pessoas em situação de Violência sexual, Familiar e Doméstica (CEPAV); o Projeto Àgora como proposta de Rede de Enfrentamento à Violência e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes e as  Redes Sociais Locais, estas duas últimas acontecem a partir de encontros periódicos definidos pela gestão  regional e situação territorial. Em relação a perspectiva da segurança alimentar e nutricional, alguns recursos utilizados são a interlocução em rede para redução dos agravos à saúde e o acesso a alimentos como: 14 Restaurantes Comunitários, Programa cartão prato cheio, DF social, e cartão gás. Ainda, a partir da perspectiva da saúde, é possível contar com o Programa de Terapia Nutricional Enteral Domiciliar (PTNED) para auxiliar no processo de recuperação da saúde de usuários que precisam de fórmulas nutricionais para o tratamento e recuperação da saúde.  No DF, três instituições também colaboram para o fortalecimento dos serviços de saúde a partir da lógica da Rede de Atenção à Saúde (RAS), sendo estas a Fiocruz, o Hospital Universitário de Brasília e a Escola Superior de Ciências da Saúde. Estas atuações suscitam prestação de serviços em consonância com a especialização proporcionando aos serviços  qualificação, aprimoramento e fortalecimento do SUS. A RAS apresenta fluxos que podem ser identificados em distintos setores, e podem demandar serviços setorizados, logo, os serviços de informação atuam para propor encaminhamentos mais resolutivos. Considerações: Conclui-se que a intersetorialidade constitui-se uma ferramenta que amplia as possibilidades de resolutividade e auxilia no fortalecimento da AB e, portanto, do SUS. 

  • Keywords
  • Intersetorialidade, Atenção Básica, Sistema Único de Saúde
  • Subject Area
  • EIXO 2 – Trabalho
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