Apresentação e Objetivo:
A utilização da arte e de dinâmicas interativas como metodologias de ensino-aprendizagem em cursos de medicina visa enriquecer a experiência do aprendiz e promover uma maior inclusão de discentes no que tange às neurodivergências, diversidades e pluralidades do existir. Sendo assim este relato de experiência tem como objetivo: demonstrar que a arte é um recurso para desenvolver habilidades como empatia, comunicação, pensamento crítico, além do aprendizado de conteúdos de medicina e práticas para a humanização.
Desenvolvimento:
O Divercittà, núcleo de apoio às neurodivergências, diversidades, pluralidades do existir e contribuição no aprendizado através da arte, vem desde 2023 disponibilizando, através de recursos artísticos, ferramentas para auxílio no processo de ensino-aprendizagem e humanização de discentes de medicina em uma instituição privada do Rio de Janeiro.
Diante de alguns conteúdos cartesianos e mais biológicos, como anatomia, foi proposto outras formas de expor o conhecimento e de retirada de dúvidas dos discentes durante o processo de aprendizagem e/ou estudo. Além, de também ser disponibilizado no mesmo local, recursos para a expressão dos sentimentos e sensações que podem aparecer durante a trajetória de uma formação acadêmica em medicina.
Em uma sala de convivência para os estudantes, alguns recursos/materiais artísticos com conteúdos e funções específicos foram expostos a fim de potencializar o processo do aprender/memorizar e expressar-se, tais como: atlas de anatomia para colorir; jogo da velha com as divisões do abdome para o ensino de semiologia; momento de relaxar colocando o que traz aborrecimento em um pedaço de papel que é amassado e jogado em uma caveira, no intuito que ela pegue os problemas para si; além de potes com mensagens que encorajam e fortaleçam o dia a dia dos acadêmicos de medicina.
Resultados:
Através dos feedbacks dos alunos e da observação ativa deles ao utilizarem os jogos/recursos lúdicos para o processo de aprendizagem e expressão dos sentimentos, tais como a verificação dos potes de mensagens vazios, percebe-se que tais instrumentos feitos através da arte, aumentam a capacidade de compreender perspectivas complexas e um ambiente de aprendizagem mais afetivo, inclusivo e estimulante. Pode-se constatar que a inclusão de métodos baseados em arte e interação podem ser uma estratégia valiosa para a formação médica, alinhando-se às necessidades de uma prática médica mais humana e diversificada.
Considerações finais:
Recomenda-se que as instituições de ensino superior em medicina lancem mão da arte como recurso potencializador do processo ensino-aprendizagem e de humanização, os quais são imprescindíveis na formação médica.
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