Apresentação e Objetivo: Sabe-se que as Diretrizes Curriculares apontam critérios para que o médico tenha uma formação que lhe possibilite ser crítico, humanizado, reflexivo e ético. Por isso, as instituições de ensino superior em medicina devem lançar mão de ferramentas que auxiliem na humanização de toda a sua comunidade acadêmica (discentes, docentes e funcionários/colaboradores), para que a educação médica forme futuros médicos mais humanos e empáticos, para cuidarem das pessoas, em suas diversidades e pluralidades. Sendo assim este relato de experiência tem como objetivo relatar a experiência da utilização de um folhetim sobre aspectos de humanização para formação geral de discentes, docentes e funcionários de um curso privado de graduação em medicina. Desenvolvimento: O núcleo Divercittà lançou mão de uma ferramenta potencializadora da humanização, o folhetim HumanizaMed, para abordar temas sensíveis à humanização e que servem para um conhecimento amplo sobre possíveis temas relevantes, essenciais para a formação médica e atuais que abarcam a população como um todo, suas necessidades integrais e pluralidades do existir. Todos os meses, iniciado em março, os alunos de medicina, bem como os docentes e funcionários, recebem um exemplar do folhetim por e-mail, grupo de whatsApp e acesso via repositório da instituição. O folhetim é organizado pelo núcleo supracitado, que tem como um de seus objetivos desenvolver ações voltadas às vulnerabilidades, diversidades, pluralidades e humanização. Até o momento atual, o folhetim abordou os seguintes temas: empatia durante a formação acadêmica e no exercício da arte médica; autismo em crianças, adultos e discentes de medicina; arte e medicina; racismo institucional e saúde; acessibilidade; violência infantil e saúde dos refugiados. Tais temas foram escolhidos, pois acredita-se na importância do discente de medicina do século XXI ter um perfil atualizado sobre as demandas atuais de inclusão e diversidade; ser criativo, empático, reflexivo e solidário, atuando com responsabilidade social, com respeito às pluralidades do existir. Resultados: A comunidade acadêmica da referida instituição tem conseguido verificar a significativa importância do folhetim, justamente, por ser um instrumento atualizado e científico de humanização e, ao mesmo tempo, informacional, para a vida acadêmica cotidiana e profissional futura. Percebe-se que ter um momento para leitura e reflexão de assuntos diversos e de formação geral, que abarcam a vida como um todo, facilita o exercício da empatia, que é um componente fundamental para a profissão médica, como também possibilita um olhar abrangente sobre as relações humanas. Afinal, segundo Abel Salazar, o médico que só medicina sabe, nem medicina sabe. Considerações finais: Instrumentos de humanização, como o folhetim HumanizaMed, podem ser utilizados como propulsores de atividades para uma formação médica que se debruce sobre a formação técnica e teórica, mas que lance mão da formação humanística, para que os discentes de medicina sejam futuros médicos que como bem lembra Jung, sejam seres humanos que cuidam de outros seres humanos.