Apresentação: As plantas medicinais assumem particular importância no cuidado em saúde em vários contextos socioculturais. Os efeitos benéficos comprovados das plantas medicinais, o baixo custo e o fácil cultivo são razões importante para uso desses produtos. Por isso, são usadas para o tratamento de certas doenças como malária, doenças gastrointestinais ou mesmo como remédios em bebês e crianças. No entanto, sabe-se que nem todas as plantas medicinais são seguras para consumo humano direto, especialmente em pacientes pediátricos. Nesse sentido, a intoxicação exógena por planta ganha particular importância em crianças uma vez que seus órgãos e sistemas estão em pleno desenvolvimento. Por outro lado, as crianças possuem características que as tornam particularmente vulneráveis às intoxicações, como repetir ações de indivíduos adultos e a falta de consciência dos perigos associados à ingestão de produtos e substâncias. Nesse contexto, embora o número de óbitos devido a intoxicações por plantas seja baixo, ainda assim são consideradas importante causa de morbidade e mortalidade em faixas etárias sensíveis. Por tanto, torna-se imprescindível a adoção de ações e medidas assistenciais a fim de prevenir a ocorrência desse tipo de agravo à saúde, sobretudo em crianças. Objetivos: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante a assistência de enfermagem ao paciente pediátrico com intoxicação por gergelim. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, de acadêmicos do 6º período do curso de bacharelado em enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia – ISB da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Os cuidados ao paciente ocorreram durante o estágio curricular obrigatório sob a supervisão de um docente da instituição no período de 23 a 24 de fevereiro de 2023, no setor pediátrico do Hospital Regional de Coari – Amazonas. Resultados: Durante a assistência, foram executados procedimentos recomendados pela equipe multiprofissional, como a administração de medicamentos prescritos e a realização de sondagem nasogástrica, para irrigação e aspiração do conteúdo gástrico. Adicionalmente, os acadêmicos enfatizaram a importância de manter medicamentos e produtos químicos fora do alcance das crianças e orientaram sobre os cuidados necessários ao consumir plantas medicinais, uma vez que essas são frequentemente utilizadas pela população tradicional do Amazonas. Após a realização da assistência de enfermagem, notou-se melhora clínica do paciente. Conclusão: No contexto de manejo clínico, a enfermagem desempenha um papel fundamental no cuidado de pacientes com intoxicação exógena. Isso inclui a avaliação adequada, monitoramento contínuo, procedimentos técnicos e administração de medicamentos. Ao realizarem essas ações, os acadêmicos de enfermagem adquirem conhecimentos valiosos sobre os cuidados necessários para pacientes pediátricos vítimas de intoxicação exógena. Além disso, experiências como essa podem levar à elaboração e difusão de estratégias de educação em saúde, com o objetivo de prevenir casos similares.
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