A ocorrência de casos de abuso infantil tem sido uma preocupação constante por autoridades, gestores, pais, professores e a comunidade da área da saúde mental e do judiciário. A violência conceituada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) contra crianças e adolescentes é conceituada como todas as formas de maus tratos emocionais e ou físicos, abuso sexual, negligência ou tratamento negligente comercial ou outras formas de exploração, com possibilidade de resultar em danos potenciais ou reais à saúde das crianças ,sobrevivência desenvolvimento ou dignidade no contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou poder.(OMS,2002).Enquanto o abuso sexual como todo o relacionamento entre pessoas no qual se vincula a sexualidade sem o consentimento de uma das pessoas envolvidas (Carla Faiman 2004). Em se tratando de criança e adolescentes se torna mais complexo especialmente pelo fato de a maioria dos casos ocorre, a violência sexual sendo praticada por parentes próximos, de primeiro e segundo graus da vítima, além de padrastos, vizinhos, amigos e outros de convivência que normalmente frequentam a casa da vítima. É um crime que geralmente acontece com as janelas e portas fechadas do domicílio da vítima em períodos acompanhados pelos agressores, das rotinas das vítimas. E normalmente com ameaças contundentes pelo agressor, onde em muitos casos demoram para serem descobertos por autoridades ou alguém que acolha a vítima com segurança. Os casos de abuso são alarmantes em todos os países do mundo. No entanto, no Brasil entre 2015 e 2021 houveram 202.948 casos de violência sexual tendo como vítimas crianças e adolescentes. Nesta, apontou como agressores eram sexo masculino em 81%, e estes agrediram crianças até nove anos de idade. E 86%,os vitimizados adolescentes de 10 a 19 anos de idade. Importante destacar que as agredidas foram do sexo feminino em 76,9% crianças e 92,7% adolescentes. Objetivo: identificar as responsabilidades dos pais ou garantidores frente aos casos de violência sexual praticadas contra crianças e adolescentes. Método: foi procedido a uma revisão sistemática da literatura para análise de conteúdos referenciado nesta pesquisa. Os descritores ‘”infantil” “criança”” adolescente” “ vitimas”, “ sexual” e “agressor” na língua português Brasil de 2019 a 2023. Resultados: apontam que o agressor em relação a vítima, quando é familiar há sobreposição, especialmente há uma diferença de idades significativas. Enquanto o abusador que não é da família persuade a criança e ou adolescente com doces, presentes, assim vai ganhando a confiança da vítima. Conclusão: os pais e garantidores de crianças e adolescentes devem ser informados sobre os cuidados com os filhos, ainda, durante a gestação, ou período de preparo para adoção. E as escolas prepararem as crianças e adolescentes a disponibilizarem espaços para que possam se expressarem sobre a violência sexual infantil.