As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) tornaram-se devido a sua disseminação descontrolada, um grande desafio de saúde pública em todo o mundo, este estudo se concentra principalmente na perspectiva da sífilis, uma IST transmitida principalmente por via sexual e também verticalmente durante a gravidez. Embora a prevenção seja relativamente simples, exigindo comunicação entre os parceiros e o uso de preservativos, a persistência do descaso e irresponsabilidade sexual continua a impedir a erradicação desse problema. Pretende-se, analisar o número de diagnósticos da IST transmitida quer seja sexualmente, quer seja verticalmente na cidade de Alagoinhas-BA. Este é um estudo exploratório e quantitativo que investigou a sífilis, utilizando dados de livros, artigos e DATASUS, abrangendo o período de 2010-2023. Os dados foram analisados para Alagoinhas-BA, tanto na macrorregião de saúde de notificação, que a abrangência é de 33 municípios, quanto no próprio município de Alagoinhas. O estudo examinou padrões de prevalência e incidência da doença, comparando resultados locais com dados federais, pautados nas variáveis como escolaridade, sexo, idade, raça, faixa-etária, óbitos e tratamentos. Percebeu-se que a prevalência da sífilis em Alagoinhas-BA varia conforme o nível educacional, sendo menor entre os analfabetos e alunos do ensino superior; e aumentando progressivamente do ensino fundamental I até o ensino médio. De acordo com o Censo de 2022 do IBGE, o município de Alagoinhas-BA possui um quantitativo de 151.055 habitantes, dos quais 9.111 são analfabetos. A sífilis é mais comum entre 20 a 39 anos, especialmente entre pardos e pretos na região nordeste, mas não exclusivamente. Ademais, a falta de políticas públicas adequadas para homens e idosos contribui para com a desinformação e os ínfimos tratamentos. Visto que, muitos, por não conhecerem a gravidade da patologia, não realizam o tratamento mesmo quando diagnosticados. Notou-se a transmissão vertical para recém-nascidos e destacou-se a importância do pré-natal, mas ainda há casos de gestantes que não realizam esse acompanhamento e, por essa razão, tornou-se perceptível mortes por sífilis congênita no Brasil. Por isso, é fundamental superar os estereótipos sociais e atingir indivíduos com risco para a infecção com a sífilis, uma vez que a falta de educação em saúde e políticas públicas corroboram a sobrecarga ao sistema de saúde, por meio de maior demanda de diagnósticos, tratamento e acompanhamento dos pacientes. Diante disso, os profissionais de saúde tem fundamental importância em propagar informações acerca dessa patologia. Haja vista que, apesar do diagnóstico e tratamento eficazes, as mortes por complicações persistem, sendo inaceitável, especialmente considerando que o tratamento é gratuito pelo SUS. Portanto, os profissionais de saúde devem desempenhar um papel ativo na detecção e tratamento precoces. Por fim, infere-se a educação sexual nas escolas e em diversos setores da sociedade como um potencializador para prevenir as ISTs e promover a saúde pública. Espera-se que a adoção de tais medidas reduzam a incidência e prevalência das infecções transmitidas por via sexual e vertical, não somente em Alagoinhas-BA, mas também em todo o país.