Apresentação: O estilo de vida inaugurado em meio ao avanço tecnológico e científico do século XXI tem cada vez mais afetado a saúde das pessoas, em especial de crianças e adolescentes, os maus hábitos alimentares, a inatividade física, a ansiedade e o estresse está cada vez mais presentes na vida de crianças e adolescentes, fazendo com que doenças antes próprias do universo adulto passe a acometer os infantes, como é o caso das doenças crônicas não transmissíveis como por exemplo as doenças cardiovasculares, a hipertensão e doenças metabólicas. Por outro lado, as doenças psicossociais também vêm aumentando nesse grupo etário. O aumento do uso de tecnologias online, a grande exposição em redes sociais em associação com as mudanças biológicas e sociais tem sido apontado como um contexto de grande pressão psicológica para jovens e adolescentes, seja por sentirem-se “obrigados” a fazer parte de um mundo cada vez mais conectado, seja por desejar um mundo que pode estar distante de seu contexto real. Diante desta realidade preocupante, diferentes autores destacam os benefícios da atividade física regular à saúde, seja na perspectiva da prevenção, promoção ou reabilitação de processos de adoecimento tanto físico quanto psíquico. Objetivo: verificar o nível de atividade física e autoestima de adolescentes de escolas públicas de um município no interior da Amazônia. Desenvolvimento o Trabalho: Participaram da pesquisa 171 adolescentes de 15 a 17 anos de ensino médio de escolas públicas de Santarém. Os participantes responderam o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), validado no Brasil pelo Centro de Estudos do Laboratório e Aptidão Física de São Caetano do Sul e a escala de autoestima de Rosenberg, constituída por dez itens que se propõe avaliar a autoestima de adultos e adolescentes. Resultados: Os resultados mostraram que os participantes em sua maioria realizam atividades físicas moderadas, contudo, um terço declarou não realizar nenhuma atividade física; 43,4% dos participantes afirmaram ficar de cinco a dez horas sentado durante o dia, e 18% afirmaram ficar sentados acima de 10h em um dia da semana. Em relação ao fim de semana, 36,2% afirmaram ficar sentado de 5 a 10 h por dia e 24,46% afirmaram ficar sentado mais de 10h por dia. Esses resultados são preocupantes nessa faixa etária considerando que as atividades físicas moderadas realizadas na semana competem com muitas horas de inatividade sentados, não foi avaliado os hábito alimentares mas existe a possibilidade, nesse contexto, de sobrepeso e o desenvolvimento, com o passar do tempo e o aumento do uso de tecnologias, de aumento da inatividade semanal Os resultados em relação a autoestima indicaram que dos 171 participantes 75,4% dos participantes demonstraram autoestima muito baixa. Conclusão: Os resultados são preocupantes e indicam relação positiva entre baixa autoestima e atividade física cotidiana irregular entre adolescentes.