Apresentação: A qualidade de vida de um indivíduo engloba diversos fatores, além da saúde física e mental, como sua inserção no convívio social, seus valores e características inerentes ao ambiente em que está inserido. Uma mescla entre parâmetros objetivos, tal como atendimento às necessidades do ser humano, como indivíduo social, e subjetivos, como prazer e bem-estar. Sabe-se que, a população rural apresenta fatores sociodemográficos e econômicos dissemelhantes das zonas metropolitanas, possuindo influência direta em sua qualidade de vida. O alto índice de tabagismo e inalação de agrotóxicos, presentes na zona rural, podem ser elencados como potenciais agentes maléficos a saúde desses indivíduos. Entretanto, alguns fatores benéficos são encontrados com maior frequência nessa população, como maiores índices de prática de exercícios físicos diários, e menor taxa de poluição do ar. Com base no exposto, torna-se relevante conhecer os principais fatores que estão associados aos índices de qualidade de vida relatados na zona rural. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados Scielo, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, com os termos “Qualidade de vida” e “População rural”, em português e inglês, nos últimos 5 anos (2019-2024). Como critério de inclusão, os artigos selecionados apresentavam as palavras chaves no título, e foram excluídas demais publicações, como teses. 8 artigos foram selecionados. Resultados: A dificuldade de acesso aos centros urbanos tem sido elencada como o principal fator que influencia a qualidade de vida desses indivíduos, visto que a distância é capaz de dificultar o acesso não só aos serviços de saúde, como à escola, alimentação e maiores oportunidades de emprego. A necessidade de deslocar-se, para acesso aos serviços de saúde, levanta a hipótese de que, os sistemas de saúde nessas zonas apresentariam infraestrutura ainda limitada em comparação a zona metropolitana, assim como oferta reduzida, não sendo suficiente para atender as necessidades da população. A escolaridade, é um determinante que, também está relacionado com possíveis hábitos deletérios a saúde, como consumo reduzido de alimentos saudáveis, e maior ingestão de álcool. Uma vez que, nas zonas rurais, os índices de analfabetismo encontram-se maiores do que nas zonas metropolitanas, a escolaridade apresenta-se como um fator que pode impactar negativamente na qualidade de vida desses indivíduos. Além disso, a distância geográfica é um agente que corrobora para o menor acompanhamento das condições de saúde da população, tornando o monitoramento das ações de saúde implementadas também de difícil execução, resultando em uma população mais suscetível aos agravos em saúde. Ademais, a distribuição econômica desigual de recursos, em virtude da porcentagem reduzida de indivíduos pertencentes a zona rural atualmente, compreende um agravo e possível fator impedidor de mudanças no atual cenário. Considerações finais: Diante do exposto, é possível concluir que, os fatores como distância, menor índice de escolaridade e menor infraestrutura em saúde, têm sido elencados como importantes influencias diretas nos índices de qualidade de vida dessa população. Por isso, é preciso voltar mais os olhos para essa população e promover mudanças, que visem a obtenção de uma qualidade de vida adequada e satisfatória.