O conceito de saúde como um estado de bem-estar físico e mental e como resultante de fatores como acesso à alimentação, moradia, educação e lazer, passou a ser compreendido após a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da criação da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990). A partir disso, a promoção de saúde ganha evidência no cenário nacional e, é incentivada por meio de estratégias, cujo objetivo é promover qualidade de vida e reduzir os riscos à saúde. Assim, a dança é mencionada pela Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (Brasil, 2018) como uma das práticas corporais e de atividade física a ser inserida e incentivada na atenção básica. Para além dos benefícios da atividade física, a dança é uma aliada no processo de olhar para si, bem como um ato de socialização, destacando-se, aqui, os benefícios para mulheres de meia-idade. Desse modo, este estudo de Trabalho de Conclusão de Curso em Psicologia de uma universidade do interior do Rio Grande do Sul tem como objetivo conhecer e analisar a relação entre a prática regular de dança e a produção de saúde mental a partir da percepção de mulheres de meia-idade. Para isso, será utilizada a metodologia qualitativa e de caráter exploratório, cujo instrumento de coleta de dados será a técnica de entrevista semiestruturada com mulheres de 40 a 65 anos participantes de um grupo de dança do Vale do Taquari há pelo menos seis meses. Destaca-se que a produção de dados será realizada no primeiro semestre de 2024 e após os dados serão tratados por meio da análise de conteúdo de Bardin (2016). Como resultados, espera-se conhecer a importância da dança nessa população, bem como ressaltar a relevância da mesma como um instrumento de promoção à saúde mental, podendo ser inserida na Atenção Básica por meio de Grupos de Promoção à Saúde, bem como, uma alternativa de atividade física e reinserção social para mulheres de meia-idade. Contudo, acredita-se que este estudo ganha importância na medida que contribui para a ampliação e debate da temática na comunidade acadêmica, bem como do aumento de suas possibilidades de oferta nos serviços de saúde do SUS.