A Educação Interprofissional (EIP) é uma abordagem pedagógica que ganha destaque por sua colaboração e compartilhamento de aprendizado entre os profissionais, resultando no melhor gerenciamento de casos, otimização de habilidades dos membros e prestação de serviços de qualidade para a comunidade. O estudo objetivou mapear, na literatura, as evidências sobre a EIP em saúde, além identificar sua importância e dificuldade de implementação na graduação. Seguiu-se a metodologia propostas pelo Instituto Joanna Briggs, e na construção da pergunta norteadora usou-se a estratégia População, Conceito e Contexto ao apresentar explicitamente o conceito de EIP em saúde e suas características; Contexto: Estratégias político- pedagógicas de formação acadêmica a nível de graduação e pós-graduação. Os bancos de dados utilizados foram o Pubmed, LILAC, Scielo, Embase, Web of Science, Scopus, e os artigos foram classificados segundo o modelo adaptado de Kirkpatrick. Foram identificados 252 estudos, sendo que 14 atenderam os critérios de elegibilidade. Os resultados mostraram que as atividades de EIP modificam as competências colaborativas individuais e coletivas na atenção primária à saúde (APS), por meio da combinação entre teoria e prática, permitindo que os estudantes vivenciem a realidade dos serviços de APS, melhorando a compreensão das diversas áreas de atuação e reduzindo a competitividade no mercado profissional. A análise revelou que ainda existem obstáculos na EIP, principalmente devido a uma compreensão inadequada do conceito de educação interprofissional, principalmente pelos preceptores, e uma relutância em compartilhar condutas por parte dos médicos da APS com os demais membros. Além disso, as estratégias atuais para a instituição do processo interprofissional são insuficientes. Portanto, foi evidenciado que a EIP possui grande significância para o cotidiano da comunidade, implementando no cuidado holístico do paciente, no entanto, possui grandes limitações para sua implementação.