Os desafios enfrentados no processo de acolhimento de pessoas com deficiência em um abrigo na cidade de Pelotas em decorrência da catástrofe climática no Rio Grande do Sul

  • Author
  • ALINE VANIEL RADTKE BACH PEREIRA
  • Co-authors
  • CYNTHIA LUZ YURGEL
  • Abstract
  • Apresentação: Os alagamentos e enchentes no Rio Grande do Sul têm se tornado um problema recorrente, tornando os desafios socioemocionais ainda maiores. Durante a catástrofe, as pessoas com deficiência desalojadas encontram obstáculos adicionais devido à falta de infraestrutura adequada para atender às suas necessidades específicas. O estudo destaca a importância da inclusão dessas pessoas nos planos de emergência e na concepção de abrigos temporários, garantindo acessibilidade física e recursos adequados para atender suas necessidades médicas, de mobilidade e comunicação. Os desafios no processo de acolhimento incluem a falta de capacitação adequada da equipe dos abrigos para lidar com as necessidades específicas das pessoas com deficiência, bem como a falta de recursos e equipamentos especializados. Isso pode levar a uma sensação de isolamento e vulnerabilidade entre as pessoas com deficiência, exacerbando o trauma da emergência. O estudo ressalta a importância de políticas inclusivas e medidas de preparação para emergências que levem em consideração as necessidades das pessoas com deficiência, visando garantir sua segurança e bem-estar durante crises. Além disso, destaca a necessidade de sensibilização da sociedade e das autoridades para a importância da inclusão e do respeito aos direitos das pessoas com deficiência em todas as fases do processo de resposta a desastres naturais. Em vista disso, o cuidado em saúde mental e o serviço de psicologia são fundamentais para mitigar os impactos das enchentes em pessoas com deficiência. Garantir que esses serviços estejam disponíveis e acessíveis nos abrigos é uma questão de direitos humanos e dignidade. Desenvolvimento do trabalho: O estudo sobre “Pessoas com deficiência na catástrofe do Rio Grande do Sul”, baseou-se em uma abordagem qualitativa, utilizando métodos de pesquisa como observação participante, entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os pesquisadores realizaram observações diretas no abrigo, acompanhando o processo de acolhimento das pessoas com deficiência e identificando as barreiras enfrentadas. Essas observações foram complementadas por entrevistas semiestruturadas com as pessoas com deficiência abrigadas, suas famílias, bem como com os profissionais que atuavam no abrigo, incluindo assistentes sociais, psicólogos e voluntários. Além disso, foi realizada uma análise documental para examinar as políticas e diretrizes existentes relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência em emergências, tanto em nível local quanto nacional. Resultados: O suporte psicológico é extremamente importante para ajudar pessoas com deficiência a lidar com o trauma e o estresse causados pelas enchentes. A atuação da Psicologia nos Abrigos de PCDs (Pessoas com deficiência) e acamados inclui: Avaliação e intervenção: Identificação de sinais de trauma, ansiedade, depressão e fornecimento de intervenções terapêuticas apropriadas. Apoio emocional: Proporcionar um espaço seguro para expressão de sentimentos e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, principalmente no retorno para casa. Fortalecimento da resiliência: Promover a adaptação às mudanças e incentivar a resiliência individual e coletiva. Acessibilidade: Garantir que os espaços e serviços sejam acessíveis para todas as pessoas com deficiência. Considerações finais: Através de uma abordagem terapêutica, humanizada e inclusiva, é possível oferecer um suporte essencial para essa população vulnerável, ajudando-a a enfrentar os desafios e a reconstruir suas vidas com mais segurança e esperança.

     

  • Keywords
  • Pessoas com deficiência, enchentes, psicologia, saúde mental e acolhimento
  • Subject Area
  • EIXO 2 – Trabalho
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