O absenteísmo no ambiente hospitalar é um desafio expressivo para a gestão e pode ser influenciado por uma série de fatores, incluindo questões relacionadas ao ambiente de trabalho, à saúde dos profissionais, ao estresse ocupacional, a recursos laborais inadequados e problemas de ordem pessoal. Este estudo piloto, de natureza transversal e exploratória, de cunho epidemiológico, objetivou identificar as principais causas de ausência dos profissionais em um hospital de pequeno porte, situado na cidade de São José dos Pinhais, no período de junho a dezembro de 2023. Inicialmente, realizou-se levantamento dados em colaboração com o departamento de Recursos Humanos, visando identificar os motivos preponderantes dos afastamentos. Observou-se que os índices encontrados assemelham-se aos dados nacionais de hospitais públicos no que diz respeito ao tipo e à natureza das causas. Entre os atestados que continham códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), constatou-se que as causas mais frequentes estavam relacionadas a distúrbios no sistema osteomuscular e tecido conjuntivo (20,1%), seguidas por episódios de depressão e/ou ansiedade (16,3%), infecções virais respiratórias (14,4%) e gástricas (13,4%). O somatório das demais causas representou 35,8% do total. A ausência de membros da equipe pode ter impactos diretos na segurança do ambiente hospitalar, resultando em consequências não apenas para o funcionamento global da instituição, mas também na qualidade dos cuidados prestados aos pacientes. As fragilidades locais identificadas incluíram a falta de treinamento das equipes, a inadequação dos equipamentos e a ausência de políticas de autocuidado. Portanto, torna-se evidente a necessidade de desenvolver estratégias específicas direcionadas para a implementação de programas de bem-estar destinados aos colaboradores, em paralelo a investimentos na promoção de uma cultura organizacional voltada para o equilíbrio das demandas operacionais com a saúde integral dos indivíduos, enquanto promotores de saúde.