Apresentação: O processo formativo na saúde enfrenta o desafio de superar o paradigma biomédico e resgatar a dimensão cuidadora, ética e humanista das práticas em saúde. O objetivo do estudo foi compreender as percepções de estudantes sobre a disciplina Laboratório de Sensibilidades. Desenvolvimento do trabalho: Pesquisa qualitativa cujos participantes foram 12 estudantes de enfermagem matriculados em uma disciplina optativa denominada Laboratório de Sensibilidades, ofertada no primeiro semestre de 2024 em um curso de Enfermagem de uma universidade pública do interior de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada mediante Google Forms no mês de abril de 2024. Realizada Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer: 6.416.646 ). Resultados: Os dados evidenciam que a disciplina tem sido capaz de mobilizar a capacidade de autoreflexão e cuidado de si. O ambiente acadêmico, por vezes, sequestra o estudante que se distancia de vivências que alimentam sua dimensão sensível, tornando-o, alienado de si mesmo. Estudar e vivenciar experiências sensíveis mobilizadas pelas diferentes estratégias pedagógicas, pode contribuir para compreenderem melhor sobre si mesmos e sobre quem gostariam de ser. Desenvolver sensibilidade consigo é fundamental para praticá-la com o outro. Considerações finais: A disciplina tem possibilitado aos estudantes espaço protegido para cuidarem das próprias emoções e, ao fazê-lo, os estudantes têm experimentado maior consciência de si mesmo. O desenvolvimento de competências socioemocionais e sensibilidade moral perpassa o processo de aprender a identificar suas emoções, sentimentos, significados e capacidade reflexiva, constituindo um autêntico exercício de cuidado de si.