Apresentação: A visita domiciliar é uma prática importante no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF). Ela desempenha um papel vital na promoção da saúde, prevenção de doenças e no acompanhamento contínuo das condições de saúde dos indivíduos e famílias. A atenção às famílias e à comunidade é o objetivo central da visita domiciliar, sendo entendidas, família e comunidade, como entidades influenciadoras no processo de adoecer dos indivíduos, os quais são regidos pelas relações que estabelecem nos contextos em que estão inseridos. Além de fortalecer vínculo e confiança entre os profissionais e com os atendidos e, identificar necessidades ocultas que não são mencionadas em consultas formais. Este estudo nos possibilitou observar como a visita domiciliar é determinante na educação e na promoção do autocuidado em indivíduos cadastrados no Programa de Hipertensão e Diabetes. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo descrever a experiência na realização da visita domiciliar acompanhada de uma Agente Comunitária e sua importância no cuidado à saúde. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, vivenciada pelas acadêmicas de enfermagem do quinto semestre da Universidade do Estado do Pará (UEPA) Campus XIl, durante as práticas da disciplina de Enfermagem Comunitária II, realizada na UBS do bairro Jardim Santarém. Resultados: No dia da visita domiciliar desse paciente de 77 anos, a equipe foi cordialmente recebida, em sua residência. No primeiro momento, o idoso respondeu a todas as perguntas foram feitas pela equipe e entre as queixas apresentadas, relatou sentir dores no estômago. Em investigação acerca dos medicamentos de uso contínuo, tais como Metformina 500 mg, Valsartana 320 mg, Hemifurado de Bisoprolol 5mg, todos estavam sendo ingeridos antes do café da manhã, e ao olhar a receita médica foi constatado que todos possuem horários distintos e devem ser tomados após alguma refeição, ou seja, estavam sendo usados de forma incorreta. Após isso, foi escrito em cada caixa o horário a ser tomado de cada medicação e separados em sacolas os remédios para diabetes e os da pressão arterial. Foi observado o uso por conta própria do Alodipino de 10mg. O idoso foi orientado a não usar medicações sem prescrição médica, sendo então agendada nova consulta médica para esclarecimentos quanto a necessidade de novas medicações. Posteriormente, foi aferida sua pressão arterial, estando em 160 mmHg por 80 mmHg. Assim, foram feitas orientações sobre a alimentação com pouca ingestão de sódio e açucares, e foi reforçado, principalmente, tomar os medicamentos nos horários agora demarcados nas caixas. Considerações finais: A visita domiciliar permitiu uma compreensão mais profunda das necessidades individuais do paciente, facilitou intervenções preventivas e de suporte contínuo. Além de ser uma estratégia eficaz na promoção da educação em saúde e do autocuidado entre pacientes com diabetes e hipertensão. Para os profissionais, é uma ferramenta essencial que potencializa a eficácia e a qualidade do atendimento oferecido. Assim como investigar se o paciente está fazendo uso correto do que foi prescrito em seu plano terapêutico.