A Dança Circular como Prática Integrativa e Complementar no cuidado de idosos de uma Unidade Básica de Saúde: relato de experiência.

  • Author
  • Mayra Cristina Silva Faro
  • Co-authors
  • Renata Sabrina Maciel Lobato Louzada , Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira
  • Abstract
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    Apresentação: A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICs), inseridas no Sistema Único de Saúde (SUS), foram criadas em 2006 e ampliadas em 2017, com abordagens terapêuticas cujo objetivo principal, por meio de uma visão de cuidados ampliados da pessoa, é estimular ações de prevenção, recuperação e tratamento da saúde por meio de atividades para além do paradigma médico tradicional, sejam individuais ou coletivas, especialmente na Atenção Primária em Saúde (APS). Atualmente, 29 atividades compõe as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no SUS. A Dança Circular faz parte das PICs e trata-se de uma prática de roda tradicional, que não precisa de experiência anterior ou habilidade específica para ser realizada, a qual é conduzida por um focalizador que orienta os movimentos ou coreografias, e surge como uma forma de promoção do cuidado, principalmente aqueles voltados para a pessoa idosa. Com isso, o presente relato tem como objetivo descrever uma experiência de prática de dança circular com usuários idosos de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Secretaria Municipal de Saúde, da cidade Belém do Pará, atividade coordenada pela equipe da UBS formada por Fisioterapeuta e Psicóloga, além da professora de dança convidada da Rede pública de Ensino (voluntária) e focalizadora de dança circular. Método do estudo: O grupo de idosos da UBS foi convidado a participar, uma vez por semana, de encontros sobre práticas de saúde, dentre as quais a dança circular estava incluída. Realizada na área externa da UBS, a atividade coletiva proporcionou grande adesão e maior interação entre os participantes, em média 30 idosos, maioria formada por mulheres com diagnóstico de doença crônica. Resultados: A dança circular com pessoas idosas pôde estimular maior protagonismo no processo dos cuidados em saúde, uma vez forneceu as bases para maior participação e presença das usuárias na UBS. O estímulo à afetividade e fortalecimento de vínculos era possível por meio do toque das mãos, liberdade para expressar seus sentimentos, autoconhecimento corporal, unidade com o coletivo, bem como o aumento do apoio mútuo entre os idosos, que passaram a convidar mais pessoas para participar da atividade. Enquanto recurso terapêutico, habilidades como equilíbrio, capacidade motora e postural foram também trabalhadas. Quanto aos aspectos psicológicos, foi possível observar melhora na autoestima, estímulo à imaginação e memória, além de promover o bem-estar de maneira geral. Considerações Finais: A dança circular realizada com pessoa idosa trouxe inúmeros benefícios para a saúde das participantes e funcionou como expressão da socialização do grupo e diminuição do sentimento de isolamento que muitas vezes faz parte dessa parcela da população. Importante salientar que a ação só foi possível graças à participação de professora voluntária o que possui enorme relevância para a política pública seja colocada em prática. Com isso, é importante que os gestores articulem formas de capacitar os profissionais da própria UBS para realizar as PICs para além da dependência externa, o que poderá dar uma sobrevida não só a atividade de dança circular, mas outras práticas que se fizerem necessárias na Atenção Básica à longo prazo.

     

  • Keywords
  • Dança Circular, Atenção Primária, idosos.
  • Subject Area
  • EIXO 2 – Trabalho
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