Apresentação:Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira em saúde mental e uma musicoterapeuta em seu campo de prática, de modo mais específico, a sua atuação na Oficina Terapêutica de Criatividade. Objetivo: descrever o modo de funcionamento desta oficina e os efeitos percebidos a partir dos usuários. Desenvolvimento: Esta oficina ocorre às quintas-feiras, de 10 às 11:30 horas, no próprio CAPSad, ou mesmo extra muros, com idas à exposições, parques e praças. Costumamos fazer um planejamento anual sobre os temas a serem abordados e também deixamos algum espaço para atividades livres, desenvolvendo atividades a partir do desejo dos pacientes. Atividades essas que se baseiam na colagem, escrita,o desenvolvimento de alguma habilidade manual com linhas, origami, mandalas etc. Há momentos em realizamos rodas de conversas temáticas. É interessante destacar, que o paciente tem autonomia, liberdade de escolha para decidir sobre qual atividade quer realizar. Também desenvolvemos itens decorativos, e nos antecipamos a organizar as idéias e materiais a serem utilizados. Resultados: É interessante destacar que, em se tratando de um CAPSad, esse tipo de atividade funciona como redução de danos, uma vez que reduz o tempo de exposição do usuários a situações que o levem a fazer consumo de álcool e ou outras drogas. Ao fim de cada ano, costumamos fazer uma avaliação desta oficina com os usuários que nos dão o retorno sobre a importância da oficina para eles. Reconhecem-na como um recurso terapêutico eficaz, espaço de socialização, produção de autonomia, valorização da auto-estima, uma vez que experimentam a valorização de suas habilidades, para o exercício de atividades diversas. Considerações finais: Enfim, é importante considerar a longitudinalidade do cuidado de forma integrativa e criando espaços de estímulo à expressão e valorização do sujeito como protagonista de sua própria história.