Introdução: Determina-se o período neonatal como o intervalo de maior vulnerabilidade, o qual vai do nascimento até o 28° dia de vida. Nesse sentido, todo o contexto que envolve a criança passa a ser influente em seu bem-estar, tal qual o ambiente familiar, alimentação, condições sanitárias, e inclusive, impactos ambientais climáticos que podem interferir no seu crescimento, peso, desenvolvimento pulmonar e intelectual. Além disso, a influência à saúde perpassa desde a realização do pré-natal, sendo essencial a atenção humanizada à mulher em seu período gravídico puerperal e no planejamento reprodutivo, objetivando, entre outras questões, a redução da mortalidade neonatal. Somado a isso, vale ressaltar os impactos das alterações climáticas na saúde perinatal, a exemplo das doenças vetoriais, cujo ciclo de vida dos vetores pode ser alterado.Objetivo: Discutir acerca da assistência de enfermagem na saúde perinatal, relacionando recém-nascido e impactos das alterações climáticas. Metodologia: Trata-se de uma Revisão de Literatura, ocorrida na Plataforma Biblioteca Virtual em Saúde, com uso dos seguintes descritores: “recém-nascido AND mudança climática”, “recém-nascido AND insetos vetores’’ e “arboviroses AND enfermagem”, nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs e Scielo. Os critérios de inclusão remetem a artigos coletados nos últimos cinco anos, gratuitos e completos nas versões Inglês e Português, e os critérios de exclusão aqueles que não correspondiam a essas demandas. Inclui-se também nessa pesquisa um Trabalho de Conclusão de Curso, do ano de 2018. Resultados: Foram encontrados 75 artigos, com exclusão de 71, haja vista os critérios estabelecidos que norteiam a busca por materiais que relacionem a enfermagem na saúde perinatal às questões climáticas . Ao focar na dimensão multifatorial que age sobre a vida, a enfermagem precisa discutir acerca das mudanças climáticas, a fim de abranger seus conhecimentos para uma assistência efetiva. Nesse sentido, os primeiros 28 dias de vida dos neonatos precisam da atenção e do reconhecimento imediato de todo e qualquer desvio de normalidade, uma vez que quanto mais eficiente for a assistência , menores as chances de óbito na primeira semana de vida, assim, tendo em vista a dengue, zika e chikungunya como possíveis resultados das variações climáticas, a enfermagem de modo geral deve estar atenta desde o pré natal a realização de consultas de puericultura, prestando-se ao monitoramento dos casos no nível ambulatorial e hospitalar, observando sinais de dor, alterações cutâneas, presença de febre e contribuindo para um atendimento multiprofissional no caso de infecção congênita, além de trazer melhores planos de cuidado. Considerações Finais: Como resultado das alterações climáticas, o controle de doenças vetoriais emerge a partir da vigilância entomológica e epidemiológica contínua, a promoção de educação em saúde a população, além do aprimoramento constante sobre o desenvolvimento infantil para que assim haja uma melhor comparação dos resultados com as causas vetoriais e climática. Logo, os cuidados prestados devem evidenciar a qualidade em todas as fases da vida do neonato aliado a competência do trabalho da enfermagem em compreender toda a dimensão espacial relacionado a fatores climáticos e ambientais que predispõem a incidência de doenças.