O presente trabalho pretende discutir as dimensões geográficas, simbólicas e existenciais do território e suas conexões com as experiências e afetabilidade vivenciadas como acadêmica de psicologia numa cidade da região serra do Rj, durante o período da pandemia de COVID 19 e o montanhismo, como forma de cuidado de si. Neste trabalho a conexão montanhismo e sua prática, foi tomada na dimensão também de um corpo território na medida da construção de outras sensibilidades. Os objetivos do trabalho são de discutir o território, a história do montanhismo no município, as reinvenções de cuidado de si durante a pandemia de COVID 19, revistando a história de vida e as possíveis formas de promoção de saúde mental, para os estudantes de psicologia a partir da minha experiência com o montanhismo.
A metodologia escolhida foi a cartografia, que se apresenta de natureza qualitativa e como método de pesquisa processual visa detectar os elementos do território, os quais portam também portar as marcas dos encontros que foram se produzindo no percurso descrito. Dessa forma utiliza-se dos diários cartográficos que possibilitaram o acesso à experiência e, como forma de dar conta dos conceitos trabalhados neste artigo, realizou-se uma revisão bibliográfica, descritiva, com a análise de conteúdo dos textos. Ao analisar os benefícios desta prática esportiva na cidade considerada como capital nacional do montanhismo, pretende-se discutir como que o montanhismo pode ser uma prática de cuidado em saúde, sendo experimentado pelos demais acadêmicos da área de saúde. Há possibilidade de formação de grupos que debatam, interprofissionalmente, compartilhando saberes e que possam experimentar montanhismo como uma prática de saúde, em conexão natureza-vida.