Apresentação: Acidentes ofídicos são quadros clínicos causado pela mordedura de serpentes peçonhentas, desencadeando o envenenamento e alterações sistêmicas e na região da picada, e em alguns casos, podendo levar até à morte do indivíduo. Esses acidentes, no entanto, ocorrem com maior frequência nas regiões do Centro – Oeste e Norte do Brasil, localizado entre esses, o Amazonas, um dos maiores possuidores de ecossistema do país, o que favorece para crescimento e desenvolvimento de milhares de espécies de animais, como as cobras nativas. Entretando, convivem nesses mesmos meios a população ribeirinha, que através de suas práticas de pescas, caças e outras atividades agrícolas, fazem com que a interação com estes seres sejam quase que inevitáveis resultando no ofidismo. Portanto, o objetivo do presente trabalho é relatar o caso de um paciente infantil com manifestações clínicas de acidente ofídico em um hospital público do interior do Amazonas, bem como descrever às etapas da assistência de enfermagem prestada. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato descritivo acerca de um estudo de caso desenvolvido durante prática do curso de graduação em enfermagem, da disciplina de Enfermagem na Atenção Integral à Saúde da Criança, no qual foi utilizado o Processo de Enfermagem (PE) como instrumento metodológico para prestação de cuidado e melhor recuperação da criança. O paciente deu entrada ao Hospital Regional de Coari (HRC) acompanhado de sua mãe, com evidências de sinais flogísticos em membro inferior direito como equimoses, edema e dor intensa à palpação superficial na região atingida. Após a neutralização da toxina com o soro antiofídico, a criança foi hospitalizada no setor pediátrico para início do tratamento farmacológico. Para cumprir com esse objetivo, foi realizado durante o período de internação, exame físico completo e específicos no local da picada, bem como inspeção da coloração da pele, monitoramento de temperatura local e teste de cacifo, verificação de sinais vitais e administração de medicamentos (antibióticos e analgésicos) conforme prescrição médica e terapia não medicamentosa. Resultados: Durante o período de internação da criança, a assistência de enfermagem foi além de procedimentos técnicos de rotina, pois geralmente crianças enfrentam a internação de forma mais estressante em comparação ao adulto. Diante disso, foi utilizada a terapia não medicamentosa para o alivio do estresse e da dor, utilizando como estratégia a disponibilização de desenhos para criança pintar e se distrair. Além disso, foi realizado o repasse de orientações para a genitora sobre os cuidados com a pele, mobilidade e alimentação. Durante todo esse período de cuidados, foi possível constatar uma significativa melhora no quadro clínico do paciente, como atenuação do edema e da elevada temperatura local, melhora na mobilidade do membro e relato de diminuição da dor. Considerações finais: O estágio de enfermagem pediátrica assim como em outros setores, é um momento essencial para a formação do enfermeiro, em que o estudante se depara com inúmeras ocorrências e, através disso, desenvolve habilidades técnicas e comunicativas, aprimora a empatia e o cuidado humanizado.
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