INTRODUÇÃO: A oxigenoterapia em UTI pediátrica é um tratamento essencial para crianças com insuficiência respiratória ou hipóxia. Ela envolve a administração de oxigênio suplementar para manter níveis adequados de oxigenação no sangue. O objetivo é garantir que os tecidos do corpo recebam oxigênio suficiente, prevenir a hipoxemia e reduzir o trabalho respiratório. Nesse contexto, observa-se que a enfermagem desempenha um papel fundamental na assistência ao paciente pediátrico em oxigenoterapia, oferecendo um plano de cuidados adequado às suas necessidades terapêuticas. OBJETIVO: Este estudo visa identificar, nas evidências científicas, o papel da enfermagem na assistência ao paciente pediátrico em oxigenoterapia. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura. Utilizou-se as bases de dados: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo (Scientific Electronic Library Online), aplicando-se os descritores controlados Decs: “oxigenoterapia”, “cuidados de enfermagem” e “UTI pediátrica”. Foram encontrados 20 artigos e incluíram-se 10 artigos nesta revisão. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos 10 anos, disponíveis na íntegra e em português, inglês ou espanhol. DISCUSSÃO: A oxigenoterapia desempenha papel fundamental no tratamento médico de diversas anormalidades respiratórias, como pneumonia, asma, síndrome da angústia respiratória neonatal (SARN), doenças cardíacas ou casos de hipoxemia, dentre outras. Seu objetivo é garantir que a criança receba níveis adequados de oxigênio, promovendo a oxigenação suficiente para os tecidos e órgãos, evitando possíveis complicações. A administração de oxigênio pode ser ofertada por variados dispositivos dependendo da necessidade e do caso. Alguns dos dispositivos mais importantes são a cânula nasal, tubo endotraqueal, CPAP e halo. O monitoramento contínuo dos sinais vitais e da saturação de O2 no sangue é parte importante do tratamento, visando evitar hipoxemia ou toxicidade por oxigênio. A oxigenoterapia pode ser realizada no hospital, em clínicas ou, dependendo da necessidade, até no ambiente domiciliar. Este último é útil em casos de terapia prolongada, proporcionando ao paciente conforto e qualidade de vida. A assistência de enfermagem é essencial na terapia, garantindo ao paciente segurança e cuidado adequado. O enfermeiro realiza a avaliação inicial, seleciona o dispositivo apropriado, administra a oxigenoterapia e mantém o monitoramento contínuo, além de prestar serviço de educação e suporte à família e prever possíveis complicações. Os enfermeiros também são responsáveis por treinar a equipe de saúde em protocolos de segurança e cuidados com dispositivos, contribuindo para a padronização das práticas assistenciais. Assim, é papel do enfermeiro garantir o bem-estar geral do paciente durante a terapia, minimizando riscos e promovendo uma recuperação eficaz. CONCLUSÃO: Em síntese, a enfermagem desempenha um papel vital no cuidado dos pacientes pediátricos em UTI que utilizam oxigenoterapia. Isso inclui a monitorização dos sinais vitais e dos níveis de oxigênio, a administração correta de oxigênio e a manutenção dos equipamentos. Além disso, os enfermeiros orientam e apoiam emocionalmente as famílias, sendo fundamentais para a recuperação dos pacientes e destacando a importância de uma formação especializada. A revisão da literatura demonstra que a assistência de enfermagem bem estruturada e baseada em evidências contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida e sobrevida dos pacientes pediátricos em oxigenoterapia.
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