Apresentação: O envelhecimento da população é definido como um processo natural da vida humana em que ocorrem alterações físicas, psíquicas e sociais, as quais implicam em diversas preocupações à sociedade. Em razão disso, o aumento de idosos está intimamente relacionado ao crescimento de indivíduos com necessidades de saúde específicas, as quais muitas vezes ultrapassam os limites da autonomia e, consequentemente, os privam de autossuficiência, sendo, assim, indispensável o auxílio para realizar funções que antes eram exercidas sem o amparo de cuidadores ou familiares. Desse modo, torna-se cada vez mais frequente a busca por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) cujo objetivo é garantir o bem-estar, o cuidado e o conforto de modo integral. No entanto, apesar da melhoria da qualidade de vida destes após a chegada nas ILPI, tal mudança de cenário acarreta em diversas consequências negativas à saúde como o sentimento abandono, de incapacidade e tristeza profunda. Diante ao exposto, e considerando a importância de estudos voltados às ILPI, este trabalho tem como objetivo norteador relatar a experiência de acadêmicos que atuam diretamente em um lar de idosos no interior da Amazônia através da utilização de recursos psicopedagógicos com o fito de exteriorizar o sentimento e a criatividade destes e, assim, garantir uma maior comunicação e reabilitação ao convívio em sociedade. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a vivência de acadêmicos da área da saúde em um projeto de extensão intitulado “Projeto Envelheser”, situado em um lar de idosos no município de Santarém - Pará. A prática ocorreu por meio da observação e atuação semanal dos discentes, no período de abril de 2023 a março de 2024, no turno vespertino, proporcionando atividades lúdico-pedagógicas aos institucionalizados. Resultados: Durante a vivência do projeto, os acadêmicos puderam observar, presenciar e praticar cuidados holísticos, principalmente voltados à humanização e inserção destes ao convívio em sociedade, assumindo o papel do voluntariado, no qual o indivíduo doa seu tempo sem nenhum tipo de remuneração a diversas formas de atividades em prol do benefício a comunidade. Por conseguinte, observou-se o uso de diversos métodos lúdicos para facilitar a interação social entre os estudantes e os indivíduos que ali residem, como o uso da arteterapia através de desenhos, pinturas em tela e artes com massa de modelar na qual tem como propósito terapêutico estimular a comunicação, externalizar sentimentos e vivências, cuja finalidade é compreender a promoção, manutenção e recuperação da saúde do idoso. Considerações finais: Portanto, a arteterapia mostra-se como uma iniciativa multifacetada, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida ao proporcionar um espaço seguro para a criatividade e a comunicação não verbal, ao estimular funções cognitivas, interações sociais e senso de autonomia dos idosos. Nesse aspecto, este relato de experiência ressalta a importância de investir em abordagens terapêuticas acessíveis e culturalmente relevantes para promover a qualidade de vida e o envelhecimento saudável em contextos diversos e desafiadores.
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