Apresentação: O avanço tecnológico e melhoria da qualidade de vida, aumentaram a expectativa de vida no Brasil e, com isso, o grupo populacional de idosos. Tendo a integralidade como premissa, é fundamental identificar as singularidades desta população para produzir práticas de cuidado coerentes com suas necessidades de saúde. Nesse sentido, associado às fragilidades orgânicas que podem ocorrer, importa pensar a solidão vivenciada por alguns idosos e seus impactos no processo de autocuidado. O objetivo do estudo é relatar a experiência de práticas de gestão medicamentosa no processo de cuidar de idosos em situação de solidão. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência de ações de gestão medicamentosa realizada pela equipe de Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) de uma zona rural de um município do interior de Minas Gerais para cinco idosos em situação de solidão. As ações ocorreram no ano de 2023. Resultados: Sob acompanhamento da enfermeira, as ACS identificaram os idosos em situação de solidão, sua condição de saúde e as medicações prescritas. Quinzenalmente, organizam uma tabela em uma folha A4, separando os horários dos medicamentos conforme prescrição, inserindo as medicações previamente recortadas as quais são coladas com fita transparente. Considerações finais: Identificar as singularidades vivenciadas por idosos em situação de solidão permite a construção de práticas em saúde mais coerentes com os pilares da humanização e integralidade. A gestão medicamentosa implementada contribui para o vínculo, acompanhamento longitudinal de idosos na medida em que viabiliza o autocuidado possível, dentro de sua realidade materiais, sociais e simbólicas de existência.
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