BRILHANDO COM SORRISOS: A MEDICINA SOBRE O OLHAR DE UMA CRIANÇA.
Apresentação:A Promoção em Saúde nas Escolas (PSE) foi implementada com o intuito de propagar a saúde em sentido amplo pra a população em período escolar, a fim de desenvolver bons hábitos de higiene e autonomia no processo saúde-doença. No entanto, o foco da maioria dos projetos escolares não se encontra na educação em saúde, mas no controle de patologias endêmicas, o que desintegra a adesão dos estudantes às temáticas abordadas. Assim, objetiva-de relatar a experiência de uma estudante de medicina, durante as práticas do componente Medicina de Família e de Comunidade, em uma ação escolar voltada para a instalação de bons hábitos de higiene bucal entre os infantis de oito à doze anos.Desenvolvimento do trabalho:O projeto de extensão foi realizado em uma escola da zona rural do município de Feira de Santana-Bahia, como atividade obrigatória do componente Medicina de Família e de Comunidade. A atividade focou na temática de higiene bucal, considerando a necessidade proposta pela própria escola. Inicialmente, foi elaborado um roteiro para o debate com as crianças, o qual continha instruções claras acerca dos bons hábitos de limpeza oral. Na aplicabilidade do projeto de extensão, foram dividos seis grupos de sete à dez alunos, com o objetivo de produzirem cartazes referentes à pequena palestra interativa que nós, estudantes de medicina, realizamos sobre a temática proprosta. Resultados: Durante a infância, o cérebro precisa realizar um número maior de sinapses, a fim de consolidar a aprendizagem. Esse período de maiores conexões é denominado de "período crítico", o qual garante que a fala, a motricidade e os hábitos sejam instaurados no indivíduo. Nesse contexto, crianças que são instruídas a uma boa rotina de higiene bucal podem transformar o ensino em bons hábitos de saúde, por manterem esses ensinamentos ao longo da vida. Além disso, muitos fatores podem determinar a transformação de memórias de curto prazo em longo prazo, mas a principal delas é o impacto que tais informações podem gerar para o indivíduo. Assim, não basta realizar somente ações nas escolas que falem acerca das boas condições de higiene, elas precisam ter significado e impacto para as crianças. Somente ao palestrar, muitas informações não fizeram sentido para os discentes, mas a medida em que eles foram interagindo e colocando a criatividade em pauta (desenhos no cartaz e apresentação), as informações se tornaram relevantes o suficiente para serem fixadas na memória de cada infantil do projeto. Logo, crianças instruídas a portarem bons hábitos de higiene garantem uma prevenção tão eficaz quanto ações pontuais baseadas em índices epidemiológicos. Considerações finais: As práticas de Medicina de Família e de Comunidade do Centro Universitário de Excelência (UNEX) nas escolas são uma oportunidade de conhecimento em campo. Essas atividades permitem o desenvolvimento de um olhar crítico acerca da promoção em saúde como estratégia para evitar muitas doenças que poderiam ser desenvolvidas pelos nossos pacientes. Na atividade em destaque, vemos a importância das ações de prevenção não baseadas em índices epidemiológicos entre escolares brilhando com saúde.