Apresentação: Os adolescentes passam por inúmeras transformações nesta fase da vida que devem ser entendidas para além das mudanças físicas, também é importante considerar os aspectos psíquicos, sociais e de formação de identidade e personalidade, e por isso deve-se ter uma atenção especial por parte da família, da escola e da sociedade em geral. Logo, é necessário adquirir conhecimentos teóricos, experiências e vivências que possam auxiliar o adolescente a viver esta fase da melhor forma possível. Estudos vem apontando um aumento das taxas de prevalência de problemas mentais entre crianças e adolescentes em todo o mundo. A autoestima e a autoimagem são dimensão que se destacam consideravelmente neste contexto. As transformações vivenciadas pelos adolescentes podem gerar sofrimento e preocupação com a imagem corporal, uma vez que eles são mais susceptíveis aos padrões impostos pela sociedade. Da mesma forma, a mídia e o mercado ligado ao culto do corpo pode ser um fator de risco para as insatisfações corporais vivenciadas por esse grupo. Objetivo: Analisar a autoestima de adolescentes do município de Terra Santa no Pará. Desenvolvimento: Participaram da pesquisa 24 adolescentes com faixa etária de 13 a 18 anos que cursam o ensino fundamental e ensino médio no município de Terra Santa, no Pará. Os participantes responderam a escala de autoestima de Rosenberg. Resultados: os resultados mostraram que 40% dos participantes têm autoestima elevada e 50% relataram já ter sofrido bullying na escola. Dos dados levantados chama a atenção duas questões: a afirmação em relação ao sentimento de as vezes se sentir inútil (20,8%) afirmaram concordar totalmente, enquanto (29,2%) disseram concordar com essa afirmação, totalizando 50% dos participantes; em relação a afirmação gostaria de ter mais respeito por mim mesmo (62,5%) disseram concordar com a afirmação e (16,7%) disseram concordar totalmente, totalizando 79,2 participantes. São resultados importantes que demonstram o quanto a fase da adolescência está em situação de risco de sua autoestima, necessitando que a escola, assim como os professores em suas disciplinas, criem estratégias para que os alunos se sintam importantes e colaborativos no ambiente escolar, da mesma forma há que se direcionar ações especificas para potencializar o respeito e o convívio sem violência no ambiente escolar, criando um espaço de convivência que favoreça a aprendizagem não só de conteúdos disciplinares, mas também de formação humana e ética entre todos que ali convivem. Conclusão: Os resultados são preocupantes e indicam a necessidade de intervenção qualificada da escola a fim de mudar essa realidade. Todos na escola, assim como a família e a sociedade em geral, são responsáveis por criar um ambiente favorável ao desenvolvimento saudável, em todos os aspectos, de crianças e adolescentes, logo faz-se necessário aprofundar esse tipo de estudo, trazendo aspectos mais qualitativo e de intervenção no ambiente escolar para nortear ações que possam ser efetivas no aumento da autoestima e da autoimagem.