Apresentação: As comunidades quilombolas do norte do país, vivenciam sequelas de um passado hítorico de opressões que repercurtem até hoje em questões estruturais que às mantem alijadas de políticas públicas. Nesse contexto a constituição populacional das comunidades quilombnolas é muito variado, nos territórios residem pessoas de inúmeras idades, porém destaca-se o período da adolescência que notariamente é marcado por transformações biopsicossocias, bem como o despertar sexual, processo natural de cada ser humano. Diante deste cenário, os profissionais de saúde inseridos nas comunidades exercem papel salutar na promoção e prevenção à saúde, cabendo a estes à orientação de práticas seguras, identificação de comportamentos de riscos, e uso adequado dos métodos contraceptivos. Assim, este trabalho objetiva relatar a experiência de uma ação desenvolvida junto aos profissionais de saúde em uma comunidade quilombola apresentando uma tecnologia educativa, no formato de Álbum Seriado (AS) sobre o uso de Métodos Contraceptivos (MC). Desenvolvimento: O estudo é de cunho descritivo, com abordagem qualitativa na modalidade relato de experiência de ação de cunho formativo realizada em uma comunidade quilombola no município de Abaetetuba/PA, em fevereiro de 2024. Participaram do estudo 6 profissionais de saúde, de nível superior e técnico, entre 25 a 48 anos de idade, que explicitaram interesse em participar da formação. O AS foi organizado de maneira a comtemplar o conteúdo referente aos métodos de barreira, os hormonais e os comportamentais. O material apresenta textos objetivos conectados a fotografias que ilustram o contexto abordado. Destacando a utilização do material como uma possibilidade de abordar o público em consultas individuais, visitas domiciliares e em outras oportunidades de ações educativas. Resultados: Durante a formação, ficou evidente o interesse dos profissionais sobre a temática em questão, sendo nítido o interesse no bem-estar da população quilombola e a preocupação pelo não uso dos MC. Na ocasião, puderam compartilharam suas experiências do cotidiano do trabalho na comunidade e esclareceram dúvidas quanto aos MC. Nos discursos dos profissionais nota-se as dificuldades de abordagem do tema devido certa resistência de alguns moradores sobre a adesão dos MC. Assim o AS foi apresentado como uma possibilidade mais didática para favorecer o diálogo com a comunidade durante as ações educativas, ofertando outras possibilidades de interação com os individuos, despertando o interesse ao interagir com as imagens e gráficos contidos no material. Considerações finais: O uso de tecnologias educativas, tais como o AS deve ser potencializada na abordagem aos adolescentes quilombolas. O AS oportuniza um momento descontraído, lúdico e com temática de grande importância a sáude nesta fase do cilco de vida. Além disso, as formações para profissionais que atuam em comunidades quilombolas e/ou em outras comunidades tradicionais, devem acontecer de forma constante, oportunizando atualização e subsidiando o cuidado qualificado.