Introdução: O projeto de extensão Comunitária, Vigilância e Tecnologias em Saúde – VIGITECS, vinculado ao Programa Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) – Ministério da Saúde (MS), norteado pela resolução nº 7, de 18/12/2018 que estabelece as diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, surgiu no sentido de potencializar na formação, a compreensão e o desenvolvimento de ações articuladas entre a Vigilância em Saúde (VS) e a Atenção Primária em Saúde – APS. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada por discentes extensionistas no campo da educação em saúde voltadas para mulheres, em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em Maceió/AL. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Foram desenvolvidos 6 encontros, quinzenalmente às sextas-feiras, nos horários de 14h às 17h, com um grupo de mulheres com faixa etária entre 45 e 70 anos, envolvendo em média 35 a 50 participantes (por encontro). Todas essas mulheres eram vinculadas a esse CRAS, localizado no 2º distrito sanitário de saúde de Maceió/AL. Resultados: A fim de nortear as ações a serem desenvolvidas, inicialmente foi realizado um encontro com a coordenação do serviço (CRAS) , onde foi possível conhecer um pouco do perfil daquelas mulheres e a identificação das demandas que poderiam ser supridas a partir da realização de ações de natureza pedagógica. Desse encontro, foram delineados temas a serem desenvolvidos e em seguida foi elaborado um plano de ação, com cronograma de realização. A partir daí, com apoio integral de alguns membros da equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) local, foram abordados os seguintes temas: saúde mental e bem-estar na terceira idade; saúde sexual na terceira idade, prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST ?s); doenças crônicas não transmissíveis e o uso correto de medicações. Todas as abordagens tiveram foco na prevenção de doenças, no cuidado terapêutico nos casos de mulheres com doenças já existentes e na elevação da autoestima das participantes. As ações foram desenvolvidas com o uso de metodologias ativas de aprendizagem, buscando o envolvimento das participantes na construção coletiva dos diversos saberes e das práticas. O partilhamento de experiências foi constante a cada encontro, favorecendo a compreensão do grupo sobre o protagonismo de cada um em seu processo saúde-doença. Conclusão: Todo esse processo vivenciado, desde a aproximação dos discentes a um diferente dispositivo social para além do de saúde, a escuta aos líderes de serviços, a escuta à população, até os momentos de encontros educativos com as mulheres, permitiu inferir que a extensão universitária promove o estreitamento de laços entre a academia, a comunidade e os diferentes serviços existentes, se revelando portanto uma ferramenta potente no fortalecimento da Vigilância em Saúde no território.
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