Introdução: É notória a evolução do planejamento em saúde, com vistas a alcançar as mudanças vislumbradas no âmbito da saúde pública. O planejamento rígico, sem espaço para o diálogo não abre brechas para a discussão coletiva na busca por soluções, ou para que a tomada de decisão passe a considerar os diversos aspectos que permeiam o processo. Planejar requer organização, para que ocorra de modo sistemático, com a finalidade de alcançarmos resultados a curto, médio e longo prazo. A literatura nos mostra a superação do modelo normativo, contudo, neste relato de experiência, buscarei redigir sobre a necessidade de superarmos as amaras normativas do planejamento, para que de fato possamos chamá-lo de estratégico. O presente resumo trata-se de uma relato de experiência, das ações desenvolvidas no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), local este em que atuei como prestadora de serviços, via contrato de cooperação técnica OPAS/OMS, com base nas vivências e observações do cenária, embricadas em minhas leituras e compreensão da temática. Essas vivências ocorreram no período de junho de 2022 a março de 2024. Resultados: Notei durante o período as diversas maneiras que as equipes técnicas da SES/RS buscavam superar o caráter apenas normativo do planejamento, porém, para que de fato a cultura de planejar observando os resultados, através de processos de monitoramento e avaliação ocorra, torna-se fundamental uma mudança na cultura institucional. A SES/RS conta com um Grupo de Trabalho de Planejamento, Monitoramento e Avaliação, espaço esse onde são discutidas pautas transversais e os instrumentos de gestão. Porém, foi possível observar o quanto esse grupo de trabalho possuiu uma capacidade de se tornar ainda mais potente, carecendo de auxílio e amparo das direções. Considerações Finais: Para que ocorra uma mudança neste paradigma o olhar sobre as questões do planejamento deve ocorrer de modo global, a tomada de decisão não pode ser apenas política, e sim respaldada em questões técnicas, baseadas no monitoramento e avaliação das ações e políticas públicas, a fim de superar os desafios da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
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