Introdução: No Brasil, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), prevista pela portaria GM/MS n° 1994, de 27 de agosto de 2009, tem por objetivo ampliar o acesso à saúde da população masculina e inserida a essa política existe uma estratégia que tem o propósito de estimular o envolvimento consciente e ativo de parceiros, em todo ciclo gravídico-puerperal e ao longo do desenvolvimento da criança, que antes eram atribuídos exclusivamente a mulher que é a Estratégia do Pré-natal do Parceiro. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem de uma Universidade Federal durante consultas pré-natais, em uma Unidade Básica de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter qualitativo, no formato de relato de experiência, que busca descrever a vivência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), durante consultas pré-natais em uma unidade básica de saúde promovidas pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Materno-Infantil (GEPMI), nos anos de 2023 - 2024. Resultados: Ao comparecerem nas consultas, os parceiros ainda mostram-se muito tímidos para esclarecer suas dúvidas, então estes são orientados quanto aos exames que devem realizar e sobre a importância de sua participação no pré-natal, visto que, junto a gestante são protagonistas na vida do feto, portanto, faz-se necessário que também cuidem de sua saúde e façam rastreamentos de rotina, garantido seu próprio bem-estar, o de sua parceira, e do filho que está por vir. Além do mais, ressalta-se ao homem o quanto sua participação no período gestacional é essencial para fortalecer o vínculo com seu filho, já que, ainda no ventre, ele começa a experienciar a relação com seus pais, seja através da percepção dos sons ou dos sentimentos da mãe que o alcançam através do cordão umbilical. Considerações Finais: É importante ressaltar que, apesar dos benefícios observados na participação ativa do parceiro no pré natal, ainda é perceptível que muitos pais se mostram tímidos ou inseguros em relação ao seu papel nesse processo. Diante disso, promove-se na consulta a superação desse comportamento retraído por parte do parceiro para que ele possa estar mais inserido no período gestacional. Ademais, os acadêmicos puderam observar que o envolvimento do parceiro desde as etapas iniciais da gestação além de auxiliar no fortalecimento do vínculo afetivo com o bebê futuramente, também promove o fortalecimento do vínculo afetivo do parceiro com a gestante. Paralelo a isso, observou-se que a oportunidade de compartilhar informações, dúvidas e expectativas durante as consultas pré-natais não apenas empodera o parceiro, mas também estabelece bases sólidas para a construção de uma paternidade consciente e participativa. Dessa forma, reforça-se a importância de ampliar e incentivar a presença do parceiro no contexto pré-natal, visando não apenas o bem-estar individual, mas também o fortalecimento dos laços familiares.