Apresentação: O telessaúde incorpora tecnologias digitais de informação e comunicação, no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS) pode ser utilizada para a formação profissional e resolubilidade das demandas de saúde existentes da população. Apesar da sua potencialidade existem poucos avanços na implementação em território nacional, a região Norte se destaca enquanto uma das menores prevalências do serviço implementado. Objetivo: Analisar a implementação do telessaúde em equipes da atenção básica atuantes nos municípios da região do Oeste do Pará. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, transversal de cunho quantitativo, realizado com base nos dados do 3º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, o recorte realizado abrangeu a região Oeste do Pará, composta por 20 municípios de duas regiões de saúde a do Baixo Amazonas (14) e Tapajós (6). As variáveis utilizadas foram referentes às entrevistas das equipes, do item relacionado ao telessaúde na atenção básica. A análise descritiva dos dados foi feita no software Statistical Package for Social Science for Windows. Resultados: A análise dos dados evidenciou que a maioria das equipes não utiliza o telessaúde (76%). Os problemas para utilização destacados foram: infraestrutura (18,9%), conectividade (37,9%), falta de tempo ou oportunidade para utilização do programa (2,1%), dificuldades com o uso do computador (3,2%), ausência de qualificação do sistema/plataforma (6,3%) e dificuldades em acessar o sistema/plataforma (6,3%). Ainda foi destacado a pouca divulgação do programa (10,5%) e a inexistência do telessaúde na Unidade Básica de Saúde (50,5%). Entre as equipes que informaram realizar o uso do telessaúde (24%), mais da metade informaram realizar para: telediagnóstico (53%) e tele-educação (57%), enquanto que 47% informaram o uso para teleconsultoria. Em sua maioria essas equipes avaliaram que as suas necessidades eram contempladas pelo telessaúde (50%). Considerações finais: A falta de infraestrutura e conectividade demonstraram serem duas das principais barreiras para o uso do telessaúde na APS. Estratégias como o telessaúde, são um caminho, ainda pouco estabelecido, cujos problemas se sanados podem favorecer o cuidado em saúde mais abrangente na região, a exemplo das equipes que utilizam o telessaúde demonstraram o seu uso para o diagnóstico e formação, algo essencial a ser implementado ainda mais considerando a forte carência de serviços e profissionais de saúde da região Amazônica.