APRESENTAÇÃO: Durante o estágio em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o estudante tem a oportunidade de adquirir habilidades técnicas e humanas essenciais para cuidar do paciente crítico, que frequentemente apresenta disfunções em vários órgãos e corre risco de morte. Essas competências são fundamentais para a sua formação como fisioterapeuta generalista. A experiência significativa que os estagiários de fisioterapia vivenciam visa fornecer ensinamentos importantes em suas carreiras, com o objetivo primordial de garantir o bem-estar daqueles pelos quais serão responsáveis. A fisioterapia tem como objetivos dentro da UTI, melhorar a capacidade funcional global, restaurando a independência respiratória e reduzindo o risco de complicações associadas à permanência no leito. Para isto são aplicadas técnicas fundamentais no cuidado, envolvendo desde o posicionamento no leito, cinesioterapia, técnicas de higiene brônquica, reexpansão pulmonar, ajustes ventilatórios, monitorização, dentre outras funções que são de responsabilidade do fisioterapeuta. Assim, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de fisioterapia no estágio na UTI e descrever as contribuições dessa vivência no processo de ensino e aprendizagem. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por discentes do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, durante o estágio obrigatório. RESULTADOS: A experiência do estágio em UTI vivenciada pelos discentes de fisioterapia, constituiu-se pelo conhecimento da dinâmica hospitalar na UTI, como funciona os atendimentos, a importância da fisioterapia no tratamento do paciente, a atuação do fisioterapeuta, aprimoramento de conhecimentos teóricos e práticos, despertando raciocínio clínico com vista ao paciente crítico, realização da avaliação e do diagnóstico cinético-funcional, planejamento dos objetivos e condutas a serem realizadas. Além disso, com o estágio foi possível presenciar discussões multidisciplinares sobre a evolução e possíveis ajustes a serem realizados para proporcionar o bem-estar do paciente. O estágio possibilitou o acesso a diversas doenças e condições clínicas, envolvendo traumas como arma de fogo, arma branca, acidente vascular encefálico, acidente automobilístico, violência, câncer, quedas, suicídio, dentre outras situações que levaram os pacientes a necessitar de cuidados intensivos. As técnicas fisioterapêuticas utilizadas na UTI incluíam: técnicas desobstrução pulmonar, dos pacientes quer seja em vias aéreas fisiológicas e artificiais como, tubo orotraqueal, e traqueostomia, técnicas de reexpansão pulmonar, ajustes dos parâmetros ventilatórios, ajustes da pressão do cuff, realização de ajustes posturais e posicionamento no leito, cinesioterapia global, evoluindo da mobilização passiva a ativa resistida, desmame ventilatório e extubação. Assim, ao decorrer do tempo do estágio, foi possível vivenciar e observar a importância do fisioterapeuta no contexto da terapia intensiva, aprimorando conhecimentos e técnicas que são fundamentais na prática fisioterapêutica, tendo papel crucial na formação de profissionais competentes e preparados para o mercado de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estágio em UTI é uma experiência transformadora que contribui significativamente para o desenvolvimento técnico/científico, emocional e profissional dos estudantes de fisioterapia. Ele prepara os estagiários para atuarem de maneira competente, empática e colaborativa, enriquecendo a prática clínica, melhorando a qualidade do atendimento e preparando para a prática profissional.