O processo de envelhecimento está atrelado a mudanças fisiológicas que ocorre de forma gradativa, esse processo é denominado senescência e se diferencia do processo de senilidade por não está relacionado ao envelhecimento patológico, isto é, envelhecimento somado às doenças geram limitações refletindo na qualidade de vida do idoso, por isso, faz-se necessário fortalecer a discussão quanto as necessidades de políticas sociais, distribuição de renda e de saúde dessa população. Um dos riscos nessa população que mais alertam as autoridades e os serviços de saúde, são os traumas relacionados às quedas, classificada como uma síndrome geriátrica de causa multifatorial, pois impulsiona agravos da condição de saúde, especialmente quando há presença de doenças crônicas e degenerativas, estudos recentes demonstram que prevalece como consequência no idoso que sofreu uma queda: a fratura e o medo de uma nova queda, gerada por um trauma físico e psicológico, respectivamente. Estudo do tipo relato de experiência com o objetivo de promover uma roda de conversa com troca de saberes quanto a compreensão do processo de envelhecimento e as medidas de redução do risco de quedas a luz de das falas das pessoas idosas, experiências prévias e vivências ao longo da vida. Um grupo de 6 discentes do mestrado acadêmico em Saúde Coletiva da Fiocruz Amazônia realizou no dia 05 de junho de 2024, uma roda de conversa na Associação para o Desenvolvimento Coesivo da Amazônia (ADCAM), uma instituição filantrópica localizada na zona leste de Manaus, por meio do Núcleo de Capacitação e Serviço à Comunidade que atende a idosos, adolescentes e crianças de baixa renda residentes na comunidade e proximidades, com a participação de um grupo de 25 idosos integrantes do núcleo. A atividade ocorreu em dois momentos: no primeiro momento, foi realizado uma roda de conversa guiada por perguntas disparadoras, tais como: “Qual atividade vocês têm mais dificuldade para fazer sozinho no dia a dia? ”, “Para você, o que é uma pessoa idosa, você se considera uma pessoa idosa? ”, “Você já sentiu medo de cair? ”, “Você já caiu alguma vez? Se sim, o que fizeram? ”, “Na sua opinião, o que podemos fazer para evitar uma queda? ”. No segundo momento, foi trabalhado as medidas de prevenção de quedas aplicáveis ao dia a dia do idoso, com ênfase nas atividades realizadas no domicílio a fim de promover sensibilização quanto as práticas que reduzem os riscos, por meio de uma dinâmica utilizando imagens de certo e errado. A partir da realização dessa atividade, as discentes puderam aplicar de forma prática os conhecimentos quanto a abordagem participativa com um determinado público a fim de não apenas realizar uma atividade informativa, mas se inserir nesse processo e construir o conhecimento a partir de experiências prévias como fez Paulo Freire, modelo freiriano, respondendo a uma demanda social que reflete diretamente na saúde da pessoa idosa. Esse aprendizado foi de grande valia e abre espaço pra novas formas de ver a produção acadêmica e científica.