Introdução – A epilepsia refratária é caracterizada pela persistência das crises epilépticas em pacientes tratados com drogas antiepilépticas de primeira e segunda linha. Esta refratariedade ao tratamento ocorre em aproximadamente 30% dos pacientes com epilepsia. Uma das inovadoras e promissoras opções terapêuticas para a epilepsia refratária é a neuroestimulação vagal, um procedimento invasivo, no qual um dispositivo é implantado no nervo vago esquerdo. Este dispositivo envia pequenos estímulos elétricos pelas fibras nervosas eferentes vagais até o encéfalo, visando a neuromodulação com redução e controle das crises epilépticas. Objetivo – Analisar a utilização de neuroestimulação vagal como arma terapêutica no manejo de pacientes com epilepsia refratária. Métodos – Pesquisa na base de dados MEDLINE, utilizando os descritores "Vagus Nerve Stimulation" e “Seizures” “Refractory epilepsy” e operador booleano AND publicados nos últimos 5 anos. Foram incluídos artigos de revisão, ensaios clínicos e publicações, bem como 13 relatos de caso que respondiam à pergunta norteadora: “Neuroestimulação vagal é uma estratégia terapêutica efetiva para a redução do número de crises em pacientes com epilepsia refratária?” Resultados – A maioria dos artigos apresentou a neuroestimulação vagal como uma estratégia efetiva para a redução do número de crises epilépticas. Dentre os relatos analisados, os pacientes apresentaram vários tipos de crises epilépticas: mioclônica, tônicoclônica, focais, entre outras. Como complicações do dispositivo de estimulação neurovagal, observaram-se: lesão das cordas vocais, piora da laringomalácia, soluços intratáveis, bradiarritmias e assistolias (por lesão do nó atrioventricular). Em apenas um artigo, houve relato de piora do quadro clínico, com ocorrência de novos episódios epilépticos, após o aumento da amperagem do sistema neuroestimulação vagal. Conclusão – A neuroestimulação vagal apresenta-se como uma estratégia terapêutica efetiva para o controle clínico em pacientes com epilepsia refratária. Entretanto, devido aos efeitos colaterais relatados, potencialmente graves, inclusive com óbito dos pacientes, novos estudos são necessários, para avaliar e minimizar estes riscos.
A Sociedade Mineira de Neurologia e a Academia Brasileira de Neurologia – Capítulo Minas Gerais promoveram nos dias 28, 29 e 30 de setembro de 2023 o 19º Congresso Mineiro de Neurologia. O evento reuniu a comunidade neurológica mineira para transmitir e atualizar conhecimentos.
Além da atualização científica, tivemos a apresentação dos trabalhos que agregaram muito valor e conhecimento ao nosso congresso, tivemos o total de 105 trabalhos aprovados sendo 95 como apresentação pôster e 10 como apresentação oral.
REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS NO 19º CONGRESSO MINEIRO DE NEUROLOGIA
Os trabalhos deverão representar uma contribuição ao desenvolvimento da Neurologia. Não serão aceitas compilações, transcrições ou traduções, assim como serão recusadas reproduções ou adaptações de outros trabalhos apresentados em congressos anteriores e trabalhos que traduzam promoção comercial de determinada marca ou empresa. Somente serão selecionados trabalhos que versem sobre temas vinculados a área de pesquisa e desenvolvimento científico da Neurologia e deverão ser apresentados apenas no idioma português.
A relação dos trabalhos aprovados será divulgada na página oficial do 19º Congresso Mineiro de Neurologia. A forma de apresentação no Congresso (E-Pôster ou Oral) será comunicada aos autores dos trabalhos selecionados.
Para submeter os trabalhos é necessário que ao menos um dos autores responsáveis pela submissão do resumo esteja inscrito no evento presencial. Qualquer membro das Comissões Organizadora ou Científica do 19º Congresso Mineiro de Neurologia, inclusive Comissão Julgadora, poderá encaminhar trabalhos, sendo-lhe, todavia, vedadas quaisquer premiações. A Comissão Organizadora, ouvida a Comissão Científica, poderá retirar do evento qualquer trabalho que venha a conturbar o bom andamento do 19º Congresso Mineiro de Neurologia.
Leia o regulamento completo neste link – Regulamento dos Trabalhos Científicos
Comissão Científica:
DR. BRENO FRANCO SILVEIRA FERNANDES
Neurologista do HC-UFMG, Hospital Madre Teresa e Hospital Felício Rocho.
Coordenador do Ambulatório de Neurologia Vascular do HC-UFMG.
DR. DANIEL FAGUNDES
Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense.
Neurologista pela Santa Casa de BH.
Especialista em Cefaleias e Epilepsias pela Santa Casa de BH.
Preceptor do Ambulatório de Neurologia da Unimontes e da UnifipMoc.
Coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Montes Claros.
Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Neurologia.
Membro Titular da ABN.
DR. DANIEL MARTINS VILELA
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especialização em Neurologia pelo Hospital Felicio Rocho (2014). Pós Graduação em Neurovascular pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurovascular e NeuroIntensivismo.
DR. DRUSUS PEREZ MARQUES
Graduado em medicina pela UFMG
Neurologia no Hospital das Clinicas da UFMG
Presidente da SMNeuro/ ABNeuro-MG
Membro titular da ABNeuro
Membro titular da AMIB
DR. FIDEL CASTRO ALVES DE MEIRA
Neurologista, coordenador do Departamento Científico de Neurossonologia e Presidente do Capítulo Mineiro da Academia Brasileira de Neurologia. Diretor do Programa de Residência Médica em Neurologia do Hospital Risoleta Neves. Neurologista dos hospitais Madre Teresa e Risoleta Neves.
DR. PHILIPE MARQUES DA CUNHA
Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina Petrópolis-RJ
Residência em neurologia pela Santa Casa Bh
Membro Titular da Academia Brasileira de neurologia
Neurologista do hospital Mater Dei Contorno
Setor de Eventos Científicos da AMMG
Horário de funcionamento:
Segunda à sexta-feira
9h às 18h
Telefone: 31 3247-1619
E-mail: congressoneuromg@ammg.org.br