A esclerose múltipla (EM) é uma patologia desmielinizante de caráter inflamatório mediada pelo sistema imune com acometimento encefálico e medular. Ela pode ser caracterizada em ressonância magnética por áreas hiperintensas em R2 e FLAIR devido a perda da bainha de mielina com redução da oligodendrócitos , além de achados de degeneração astrócitos e células da glia e posteriores lesões axonais. No caso da esclerose múltipla primariamente progressiva (EMPP) - variante mais incomum da esclerose múltipla - não ocorrem surtos, apresentando caráter lento e progressivo de déficit neurológico.[1,2]
Paciente 37 anos, sexo masculino, sem comorbidades e sem histórico de EM na família. Iniciou quadro fadiga e paraparesia lentamente progressiva desde 2019, após 3 meses necessitando muleta, após 8 meses andador e com 1 ano em cadeira de rodas já com tetraparesia, tetra hiperreflexia com espasticidade, retenção urinária e disfunção sexual moderada, sendo diagnosticado em 2020 com EMPP após ressonância compatível e punção lombar com presença de bandas, sendo iniciado tratamento com Ocrelizumabe 600mg EV de 6/6 meses. Após intensas sessões de fisioterapia desde 2020 a 2023 e uso de baclofeno 60mg/dia com tizanidina 6mg/dia, atualmente consegue deambular 1 hora em ambiente residencial sem apoio de muleta, fazendo uso de muleta à direita ao sair de casa, com melhora significativa de disfunção sexual e sem necessidade de sonda vesical. Sem remissão ou piora súbita desde o início do tratamento, exames de imagem anuais sem progressão da doença.
A partir do relato e das discussões possíveis em torno da abordagem terapêutica da EMPP, é necessário reforçar a importância do estudo de novas drogas e detalhamento das possibilidades daqueles fármacos já existentes a partir de discussões entre os especialistas relacionados à apresentação clínica da doença, além da importância de diagnóstico e tratamento precoce.
A Sociedade Mineira de Neurologia e a Academia Brasileira de Neurologia – Capítulo Minas Gerais promoveram nos dias 28, 29 e 30 de setembro de 2023 o 19º Congresso Mineiro de Neurologia. O evento reuniu a comunidade neurológica mineira para transmitir e atualizar conhecimentos.
Além da atualização científica, tivemos a apresentação dos trabalhos que agregaram muito valor e conhecimento ao nosso congresso, tivemos o total de 105 trabalhos aprovados sendo 95 como apresentação pôster e 10 como apresentação oral.
REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS NO 19º CONGRESSO MINEIRO DE NEUROLOGIA
Os trabalhos deverão representar uma contribuição ao desenvolvimento da Neurologia. Não serão aceitas compilações, transcrições ou traduções, assim como serão recusadas reproduções ou adaptações de outros trabalhos apresentados em congressos anteriores e trabalhos que traduzam promoção comercial de determinada marca ou empresa. Somente serão selecionados trabalhos que versem sobre temas vinculados a área de pesquisa e desenvolvimento científico da Neurologia e deverão ser apresentados apenas no idioma português.
A relação dos trabalhos aprovados será divulgada na página oficial do 19º Congresso Mineiro de Neurologia. A forma de apresentação no Congresso (E-Pôster ou Oral) será comunicada aos autores dos trabalhos selecionados.
Para submeter os trabalhos é necessário que ao menos um dos autores responsáveis pela submissão do resumo esteja inscrito no evento presencial. Qualquer membro das Comissões Organizadora ou Científica do 19º Congresso Mineiro de Neurologia, inclusive Comissão Julgadora, poderá encaminhar trabalhos, sendo-lhe, todavia, vedadas quaisquer premiações. A Comissão Organizadora, ouvida a Comissão Científica, poderá retirar do evento qualquer trabalho que venha a conturbar o bom andamento do 19º Congresso Mineiro de Neurologia.
Leia o regulamento completo neste link – Regulamento dos Trabalhos Científicos
Comissão Científica:
DR. BRENO FRANCO SILVEIRA FERNANDES
Neurologista do HC-UFMG, Hospital Madre Teresa e Hospital Felício Rocho.
Coordenador do Ambulatório de Neurologia Vascular do HC-UFMG.
DR. DANIEL FAGUNDES
Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense.
Neurologista pela Santa Casa de BH.
Especialista em Cefaleias e Epilepsias pela Santa Casa de BH.
Preceptor do Ambulatório de Neurologia da Unimontes e da UnifipMoc.
Coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Montes Claros.
Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Neurologia.
Membro Titular da ABN.
DR. DANIEL MARTINS VILELA
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especialização em Neurologia pelo Hospital Felicio Rocho (2014). Pós Graduação em Neurovascular pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurovascular e NeuroIntensivismo.
DR. DRUSUS PEREZ MARQUES
Graduado em medicina pela UFMG
Neurologia no Hospital das Clinicas da UFMG
Presidente da SMNeuro/ ABNeuro-MG
Membro titular da ABNeuro
Membro titular da AMIB
DR. FIDEL CASTRO ALVES DE MEIRA
Neurologista, coordenador do Departamento Científico de Neurossonologia e Presidente do Capítulo Mineiro da Academia Brasileira de Neurologia. Diretor do Programa de Residência Médica em Neurologia do Hospital Risoleta Neves. Neurologista dos hospitais Madre Teresa e Risoleta Neves.
DR. PHILIPE MARQUES DA CUNHA
Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina Petrópolis-RJ
Residência em neurologia pela Santa Casa Bh
Membro Titular da Academia Brasileira de neurologia
Neurologista do hospital Mater Dei Contorno
Setor de Eventos Científicos da AMMG
Horário de funcionamento:
Segunda à sexta-feira
9h às 18h
Telefone: 31 3247-1619
E-mail: congressoneuromg@ammg.org.br