Objetiva-se evidenciar a importância da pesquisa de diagnósticos diferenciais, principalmente aqueles relacionados às infecções sexualmente transmissíveis, em pacientes que apresentem baixa acuidade visual e a realização de seu tratamento mesmo com o exame de líquor inalterado. Paciente de 22 anos, sem comorbidades prévias, tabagista 8 anos/maço, foi avaliado em centro oftalmológico e encaminhado ao serviço de urgência neurológica com a queixa de baixa acuidade visual há 8 dias, sem dor ocular ou demais queixas associadas. Ao exame físico apresentou acuidade visual de 20/100 em olho direito e 20/60 no olho esquerdo. Na oftalmoscopia direta avaliou-se alteração em disco óptico, que se apresentou hiperemiado com leve borramento de bordas em ambos os olhos, sem demais alterações ao exame físico. Os exames complementares indicaram teste treponêmico positivo sífilis positivo com um VDRL (sigla inglesa para Venereal Disease Research Laboratory), com titulação de 1:256, líquido cefalorraquidiano normal, sem positividade de VDRL ou aumento de celularidade ou proteínas. Com esses dados obtidos, optou-se por solicitar tomografia de crânio contrastada que não evidenciou sinais de trombose venosa cerebral. Dessa forma, em virtude da acuidade visual em piora, optou-se pelo início do tratamento com penicilina G cristalina 4.000.000 UI a cada 4 h por 14 dias. O acometimento ocular foi bem definido, entretanto, o paciente apresenta importante baixa da acuidade visual e LCR normal que são marcadores de mau prognóstico. Apesar disso, o tratamento instaurado de forma rápida e assertiva permitiu que o paciente se recuperasse sem déficits do ocorrido. Este caso se apresenta de forma ímpar, pois, apesar da baixa acuidade visual importante e das alterações significativas de VDRL, não temos um líquor com alterações de celularidade, proteínas e sorologia positiva. Logo, podemos ver a importância de se realizar os exames sorológicos nos pacientes que apresentem histórias compatíveis e tratá-los mesmo quando não temos alterações liquóricas.
A Sociedade Mineira de Neurologia e a Academia Brasileira de Neurologia – Capítulo Minas Gerais promoveram nos dias 28, 29 e 30 de setembro de 2023 o 19º Congresso Mineiro de Neurologia. O evento reuniu a comunidade neurológica mineira para transmitir e atualizar conhecimentos.
Além da atualização científica, tivemos a apresentação dos trabalhos que agregaram muito valor e conhecimento ao nosso congresso, tivemos o total de 105 trabalhos aprovados sendo 95 como apresentação pôster e 10 como apresentação oral.
REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS NO 19º CONGRESSO MINEIRO DE NEUROLOGIA
Os trabalhos deverão representar uma contribuição ao desenvolvimento da Neurologia. Não serão aceitas compilações, transcrições ou traduções, assim como serão recusadas reproduções ou adaptações de outros trabalhos apresentados em congressos anteriores e trabalhos que traduzam promoção comercial de determinada marca ou empresa. Somente serão selecionados trabalhos que versem sobre temas vinculados a área de pesquisa e desenvolvimento científico da Neurologia e deverão ser apresentados apenas no idioma português.
A relação dos trabalhos aprovados será divulgada na página oficial do 19º Congresso Mineiro de Neurologia. A forma de apresentação no Congresso (E-Pôster ou Oral) será comunicada aos autores dos trabalhos selecionados.
Para submeter os trabalhos é necessário que ao menos um dos autores responsáveis pela submissão do resumo esteja inscrito no evento presencial. Qualquer membro das Comissões Organizadora ou Científica do 19º Congresso Mineiro de Neurologia, inclusive Comissão Julgadora, poderá encaminhar trabalhos, sendo-lhe, todavia, vedadas quaisquer premiações. A Comissão Organizadora, ouvida a Comissão Científica, poderá retirar do evento qualquer trabalho que venha a conturbar o bom andamento do 19º Congresso Mineiro de Neurologia.
Leia o regulamento completo neste link – Regulamento dos Trabalhos Científicos
Comissão Científica:
DR. BRENO FRANCO SILVEIRA FERNANDES
Neurologista do HC-UFMG, Hospital Madre Teresa e Hospital Felício Rocho.
Coordenador do Ambulatório de Neurologia Vascular do HC-UFMG.
DR. DANIEL FAGUNDES
Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense.
Neurologista pela Santa Casa de BH.
Especialista em Cefaleias e Epilepsias pela Santa Casa de BH.
Preceptor do Ambulatório de Neurologia da Unimontes e da UnifipMoc.
Coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Montes Claros.
Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Neurologia.
Membro Titular da ABN.
DR. DANIEL MARTINS VILELA
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especialização em Neurologia pelo Hospital Felicio Rocho (2014). Pós Graduação em Neurovascular pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurovascular e NeuroIntensivismo.
DR. DRUSUS PEREZ MARQUES
Graduado em medicina pela UFMG
Neurologia no Hospital das Clinicas da UFMG
Presidente da SMNeuro/ ABNeuro-MG
Membro titular da ABNeuro
Membro titular da AMIB
DR. FIDEL CASTRO ALVES DE MEIRA
Neurologista, coordenador do Departamento Científico de Neurossonologia e Presidente do Capítulo Mineiro da Academia Brasileira de Neurologia. Diretor do Programa de Residência Médica em Neurologia do Hospital Risoleta Neves. Neurologista dos hospitais Madre Teresa e Risoleta Neves.
DR. PHILIPE MARQUES DA CUNHA
Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina Petrópolis-RJ
Residência em neurologia pela Santa Casa Bh
Membro Titular da Academia Brasileira de neurologia
Neurologista do hospital Mater Dei Contorno
Setor de Eventos Científicos da AMMG
Horário de funcionamento:
Segunda à sexta-feira
9h às 18h
Telefone: 31 3247-1619
E-mail: congressoneuromg@ammg.org.br