O diagnóstico de Esclerose Múltipla (EM) pode ser desafiador, principalmente em populações onde a doença é rara. No Brasil, a prevalência média é de 14/100.000 habitantes, inferior à mundial. O início precoce do tratamento pode reduzir acentuadamente a atividade da doença e o acúmulo de incapacidades. Portanto, o diagnóstico tardio e o acesso tardio a medicamentos modificadores da doença (DMDs) podem ter um impacto negativo no curso da EM. O objetivo deste estudo foi estimar o tempo médio entre a primeira recaída, o diagnóstico de EM e o início do tratamento em uma coorte de pacientes brasileiros com EM. Trata-se de um estudo observacional baseado nos prontuários de 69 pacientes com EM acompanhados no Ambulatório de Neurologia do Hospital Governador Israel Pinheiro em Belo Horizonte, Minas Gerais. Pacientes com diagnóstico de EM com base nos critérios diagnósticos de McDonald de 2017 foram incluídos. O GraphPad Prism 9.5.0 foi usado para a análise estatística. Foram analisados ??dados de 69 pacientes. Cerca de 76,8% (53) eram mulheres. A média de idade do primeiro sintoma, diagnóstico e início da DMD foi, respectivamente, 30,6, 35,2 e 36,10 anos. Cerca de 46,38% (32) dos doentes tiveram diagnóstico precoce no primeiro ano de doença, 27,54% (19) o diagnóstico foi feito ao longo de 1-5 anos e 30,43% (21) tiveram um atraso superior a cinco anos. Feito o diagnóstico, 65,5% tiveram acesso à DMD em 6 meses e 79,71% no primeiro ano. Os pacientes com diagnóstico precoce apresentaram o primeiro sintoma em idade mais jovem, com média de 29,45 anos, contra 40,93 anos naqueles com diagnóstico tardio. (p<0,05) No seguimento, a mediana do EDSS foi de 3,0 para diagnóstico tardio, enquanto entre os pacientes com diagnóstico precoce a mediana do EDSS foi de 1,5 (p<0,05). O diagnóstico de EM pode ser desafiador, especialmente em países de baixa prevalência e em desenvolvimento, onde a suspeição pode ser menor e há poucos recursos amplamente disponíveis para investigação. É importante obter um diagnóstico correto nessas populações pouco estudadas. Especialmente porque os pacientes com diagnóstico tardio e início da DMD parecem ter mais incapacidade e um escore EDSS mais alto.
A Sociedade Mineira de Neurologia e a Academia Brasileira de Neurologia – Capítulo Minas Gerais promoveram nos dias 28, 29 e 30 de setembro de 2023 o 19º Congresso Mineiro de Neurologia. O evento reuniu a comunidade neurológica mineira para transmitir e atualizar conhecimentos.
Além da atualização científica, tivemos a apresentação dos trabalhos que agregaram muito valor e conhecimento ao nosso congresso, tivemos o total de 105 trabalhos aprovados sendo 95 como apresentação pôster e 10 como apresentação oral.
REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS NO 19º CONGRESSO MINEIRO DE NEUROLOGIA
Os trabalhos deverão representar uma contribuição ao desenvolvimento da Neurologia. Não serão aceitas compilações, transcrições ou traduções, assim como serão recusadas reproduções ou adaptações de outros trabalhos apresentados em congressos anteriores e trabalhos que traduzam promoção comercial de determinada marca ou empresa. Somente serão selecionados trabalhos que versem sobre temas vinculados a área de pesquisa e desenvolvimento científico da Neurologia e deverão ser apresentados apenas no idioma português.
A relação dos trabalhos aprovados será divulgada na página oficial do 19º Congresso Mineiro de Neurologia. A forma de apresentação no Congresso (E-Pôster ou Oral) será comunicada aos autores dos trabalhos selecionados.
Para submeter os trabalhos é necessário que ao menos um dos autores responsáveis pela submissão do resumo esteja inscrito no evento presencial. Qualquer membro das Comissões Organizadora ou Científica do 19º Congresso Mineiro de Neurologia, inclusive Comissão Julgadora, poderá encaminhar trabalhos, sendo-lhe, todavia, vedadas quaisquer premiações. A Comissão Organizadora, ouvida a Comissão Científica, poderá retirar do evento qualquer trabalho que venha a conturbar o bom andamento do 19º Congresso Mineiro de Neurologia.
Leia o regulamento completo neste link – Regulamento dos Trabalhos Científicos
Comissão Científica:
DR. BRENO FRANCO SILVEIRA FERNANDES
Neurologista do HC-UFMG, Hospital Madre Teresa e Hospital Felício Rocho.
Coordenador do Ambulatório de Neurologia Vascular do HC-UFMG.
DR. DANIEL FAGUNDES
Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense.
Neurologista pela Santa Casa de BH.
Especialista em Cefaleias e Epilepsias pela Santa Casa de BH.
Preceptor do Ambulatório de Neurologia da Unimontes e da UnifipMoc.
Coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Montes Claros.
Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Neurologia.
Membro Titular da ABN.
DR. DANIEL MARTINS VILELA
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especialização em Neurologia pelo Hospital Felicio Rocho (2014). Pós Graduação em Neurovascular pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurovascular e NeuroIntensivismo.
DR. DRUSUS PEREZ MARQUES
Graduado em medicina pela UFMG
Neurologia no Hospital das Clinicas da UFMG
Presidente da SMNeuro/ ABNeuro-MG
Membro titular da ABNeuro
Membro titular da AMIB
DR. FIDEL CASTRO ALVES DE MEIRA
Neurologista, coordenador do Departamento Científico de Neurossonologia e Presidente do Capítulo Mineiro da Academia Brasileira de Neurologia. Diretor do Programa de Residência Médica em Neurologia do Hospital Risoleta Neves. Neurologista dos hospitais Madre Teresa e Risoleta Neves.
DR. PHILIPE MARQUES DA CUNHA
Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina Petrópolis-RJ
Residência em neurologia pela Santa Casa Bh
Membro Titular da Academia Brasileira de neurologia
Neurologista do hospital Mater Dei Contorno
Setor de Eventos Científicos da AMMG
Horário de funcionamento:
Segunda à sexta-feira
9h às 18h
Telefone: 31 3247-1619
E-mail: congressoneuromg@ammg.org.br