O uso da cladribina em pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente: revisão da literatura

  • Autor
  • Lara Garcia Magalhães
  • Co-autores
  • Letícia de Cássia Freire Franco , Juliana Mendes Barros Tavares Rodrigues , Isabela Chiari Messias , Laura Helena Boy Paiva
  • Resumo
  • Introdução - O tratamento profilático da esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR) objetiva a redução do processo inflamatório/degenerativo no sistema nervoso central, com consequente redução do risco de surtos, progressão e atividade radiológica da doença. O tratamento evoluiu significativamente a partir de 1993, e um marco importante foi a aprovação do medicamento cladribina pela ANVISA em 2019, que surgiu como mais uma estratégia para diversificar e personalizar a terapia. Objetivo - Analisar os impactos da cladribina em portadores de EMRR, destacando sua eficácia e efeitos adversos. Metodologia - Revisão integrativa a partir de um levantamento bibliográfico nas bases de dados MEDLINE, Cochrane e SciELO utilizando os descritores “esclerose múltipla”, “esclerose múltipla remitente-recorrente” e “cladribina”. Foram selecionados 18 artigos originais publicados a partir de 2017, excluindo-se revisões ou meta-análises. Resultados - O efeito adverso mais frequente foi linfopenia leve ou moderada. Em alguns estudos, ocorreram episódios de linfopenia severa associado a novos eventos adversos, como a herpes zoster. Adiar o segundo curso de tratamento para a recuperação da linfopenia e evitar outras complicações, não alterou a eficácia da terapia. Quanto ao volume cerebral, os resultados demonstram queda na porcentagem de alterações e no risco de progressão de incapacidade. Contudo, esse efeito é subestimado, posto que 2 anos de observação podem ser insuficientes para essa análise. Alterações cardiovasculares não apresentaram significância clínica e podem ser fases transitórias da progressão da doença. O tratamento prévio com natalizumabe apresentou maior risco de ataques reemergentes e de lesões com hipersinal em T2 nas RMN quando comparado à mudança do natalizumabe para o ocrelizumabe. Não observou-se diferenças entre a mudança para o rituximabe ou cladribina. O uso prévio de fumarato de dimetilo foi associado ao maior risco de linfopenia severa, assim como em pacientes com nota maior que 3,0 na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS). Os pacientes relataram alto grau de satisfação e tolerabilidade ao tratamento, com melhora da EDSS. Conclusão - O uso da cladribina é promissor ao reduzir surtos e atrasar acometimentos neurológicos, apresentando elevadas taxas de segurança e satisfação. Contudo, é importante a decisão conjunta médico-paciente, considerando as variáveis para determinar a melhor conduta e possibilitar um tratamento individualizado.

  • Palavras-chave
  • “esclerose múltipla”, “esclerose múltipla remitente-recorrente”, “cladribina”
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Doenças desmielinizantes e neurooftalmologia
Voltar Download

A Sociedade Mineira de Neurologia e a Academia Brasileira de Neurologia – Capítulo Minas Gerais promoveram nos dias 28, 29 e 30 de setembro de 2023 o 19º Congresso Mineiro de Neurologia. O evento reuniu a comunidade neurológica mineira para transmitir e atualizar conhecimentos.


Além da atualização científica, tivemos a apresentação dos trabalhos que agregaram muito valor e conhecimento ao nosso congresso, tivemos o total de 105 trabalhos aprovados sendo 95 como apresentação pôster e 10 como apresentação oral.

REGULAMENTO PARA SUBMISSÃO DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS NO 19º CONGRESSO MINEIRO DE NEUROLOGIA


Os trabalhos deverão representar uma contribuição ao desenvolvimento da Neurologia. Não serão aceitas compilações, transcrições ou traduções, assim como serão recusadas reproduções ou adaptações de outros trabalhos apresentados em congressos anteriores e trabalhos que traduzam promoção comercial de determinada marca ou empresa. Somente serão selecionados trabalhos que versem sobre temas vinculados a área de pesquisa e desenvolvimento científico da Neurologia e deverão ser apresentados apenas no idioma português.

A relação dos trabalhos aprovados será divulgada na página oficial do 19º Congresso Mineiro de Neurologia. A forma de apresentação no Congresso (E-Pôster ou Oral) será comunicada aos autores dos trabalhos selecionados.

Para submeter os trabalhos é necessário que ao menos um dos autores responsáveis pela submissão do resumo esteja inscrito no evento presencial. Qualquer membro das Comissões Organizadora ou Científica do 19º Congresso Mineiro de Neurologia, inclusive Comissão Julgadora, poderá encaminhar trabalhos, sendo-lhe, todavia, vedadas quaisquer premiações. A Comissão Organizadora, ouvida a Comissão Científica, poderá retirar do evento qualquer trabalho que venha a conturbar o bom andamento do 19º Congresso Mineiro de Neurologia.

Leia o regulamento completo neste link – Regulamento dos Trabalhos Científicos 

 

  • Cefaléia e dor
  • Transtorno de movimentos
  • Neurologia Cognitiva
  • Neuromuscular e neuropatias periféricas
  • Epilepsia
  • Neuroinfecção
  • Neuro-hospitalismo
  • Neurointensivismo e trauma
  • Neurovascular
  • Doenças desmielinizantes e neurooftalmologia
  • Sono
  • Neurogenética

Comissão Científica:

 

DR. BRENO FRANCO SILVEIRA FERNANDES

Neurologista do HC-UFMG, Hospital Madre Teresa e Hospital Felício Rocho.

Coordenador do Ambulatório de Neurologia Vascular do HC-UFMG.
 

DR. DANIEL FAGUNDES

Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense.

Neurologista pela Santa Casa de BH.

Especialista em Cefaleias e Epilepsias pela Santa Casa de BH.

Preceptor do Ambulatório de Neurologia da Unimontes e da UnifipMoc.

Coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Montes Claros.

Membro da diretoria da Sociedade Mineira de Neurologia.

Membro Titular da ABN.
 

DR. DANIEL MARTINS VILELA

Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais. Especialização em Neurologia pelo Hospital Felicio Rocho (2014). Pós Graduação em Neurovascular pela Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurovascular e NeuroIntensivismo.
 

DR. DRUSUS PEREZ MARQUES

Graduado em medicina pela UFMG

Neurologia no Hospital das Clinicas da UFMG

Presidente da SMNeuro/ ABNeuro-MG

Membro titular da ABNeuro

Membro titular da AMIB

 

DR. FIDEL CASTRO ALVES DE MEIRA

Neurologista, coordenador do Departamento Científico de Neurossonologia e Presidente do Capítulo Mineiro da Academia Brasileira de Neurologia.  Diretor do Programa de Residência Médica em Neurologia do Hospital Risoleta Neves. Neurologista dos hospitais Madre Teresa e Risoleta Neves.

 

DR. PHILIPE MARQUES DA CUNHA

Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina Petrópolis-RJ

Residência em neurologia pela Santa Casa Bh

Membro Titular da Academia Brasileira de neurologia

Neurologista do hospital Mater Dei Contorno
 

 

Setor de Eventos Científicos da AMMG

Horário de funcionamento: 
Segunda à sexta-feira
9h às 18h

Telefone: 31 3247-1619
E-mail: congressoneuromg@ammg.org.br