Introdução: a síncope vasovagal (SVV) é a perda súbita e momentânea da consciência e do tônus postural, seguida de recuperação espontânea, sem sequelas neurológicas. Pode ser denominada também como neurocardiogênica e neuromediada, sendo uma disfunção dos mecanismos neurais responsáveis pela regulação e manutenção do sistema cardiocirculatório e da pressão arterial. A SVV é desencadeada pela incapacidade do sistema nervoso autônomo de se adaptar às flutuações fisiológicas do corpo ao longo do dia, o que atrasa as respostas cardiovasculares, principalmente devido à forte excitação dos nervos parassimpáticos. Objetivo: o objetivo desse estudo foi, analisar na literatura, evidências, acerca das manifestações clínicas, e a predisposição genética da Síncope Vasovagal (SVV). Método: para o presente estudo, elaborou-se uma revisão de literatura de cunho descritivo-exploratório, responsável pela síntese mais ampla de revisão para plena compreensão do fato estudado. Dessa forma, pode-se reunir informações sobre um tema, que será fundamental para futuras práticas de cuidado em saúde, tendo como base a pesquisa fundamentada. Resultados e discussão: foram selecionados treze artigos, sendo em sua maioria identificados na Medline/PubMed, Google Scholar e LILACS. Das publicações selecionadas para o estudo, foram selecionados artigos publicados em revistas internacionais, onde foram evidenciados estudos de grande relevância para pesquisa. Dito isso, o nervo vago, também chamado de nervo pneumogástrico, é o maior dos nervos cranianos e segue um caminho notavelmente longo e desarticulado até o estômago, depois de passar pelo tórax e pescoço. Quando o sistema pneumogástrico funciona mal, ocorrem sintomas significativos e frequentes de síncope vasovagal, como náuseas. Fisiologicamente, a síncope ocorre simultaneamente à bradicardia (desaceleração da frequência cardíaca), à diminuição do retorno venoso, que reduz o volume sistólico, e, por fim, à vasodilatação e à diminuição da resistência periférica, que causa hipotensão arterial. Como resultado, uma pessoa pode perder a sensibilidade e o som posicional, causando quedas. Por mais dramático que possa parecer este reflexo, revela-se muito eficaz na restauração do retorno venoso ao coração, oxigenando o cérebro e restaurando a normalidade hemodinâmica. A síncope, definida como uma perda transitória de consciência causada por hipoperfusão cerebral global transitória. A SVV é a causa mais comum de síncope, cuja etiologia ainda não está clara. De acordo com as evidências, é uma doença complexa que pode resultar da interação de fatores genéticos, com contribuições que vão desde a herança mendeliana monogênica até a herança poligênica, e fatores externos que influenciam os tipos de síncope monogênica (resultando em penetrância incompleta) e poligênico. Entretanto, (Sulton, 2021) menciona que a síncope vasovagal pode ser uma predisposição genética. Ocorre em algumas famílias, e os filhos de pais que já têm a síncope têm maior probabilidade de desenvolver do que aqueles que não tem a hereditariedade. Conclusão: a síncope vasovagal, uma das formas mais comuns de síncope, revela-se como um fenômeno complexo que envolve interações multifacetadas entre fatores clínicos e predisposições genéticas. Reconhecer os sinais precoces e entender os gatilhos associados são fundamentais para a prevenção de episódios e para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados .Além disso, a predisposição genética desempenha um papel significativo na suscetibilidade à síncope vasovagal. Como foi visto nos estudos citados, os autores têm elucidado que variações genéticas específicas podem influenciar a resposta autonômica e a regulação cardiovascular, o que sugere uma base hereditária para a condição.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do I Congresso Interdisciplinar em Práticas de Enfermagem, um espaço dedicado à troca de saberes, experiências e construção coletiva de conhecimento entre profissionais, docentes, estudantes e pesquisadores da área da saúde, com ênfase especial na Enfermagem.
Este congresso surge da iniciativa das Ligas Acadêmicas do curso de Enfermagem, com o apoio institucional do Centro Universitário de Patos (UNIFIP) e a colaboração de docentes engajados com o fortalecimento da prática interdisciplinar e da formação crítica e humanizada dos futuros profissionais da área da saúde. Com o tema central "Práticas de Enfermagem: Saberes e Experiências que Transformam", o evento propôs um diálogo aberto sobre os desafios contemporâneos do cuidado, da educação em saúde e das políticas públicas que impactam o exercício da Enfermagem.
A publicação destes Anais representa não apenas o registro das atividades desenvolvidas, mas também a valorização da produção acadêmica e do protagonismo estudantil. Cada trabalho aqui apresentado reflete o compromisso com a ciência, com a prática qualificada e com a construção de uma Enfermagem que atua de forma crítica, técnica e ética, promovendo o cuidado centrado nas pessoas e nas comunidades.
Agradecemos a todos e todas que contribuíram para a realização deste evento e esperamos que estas páginas inspirem novas reflexões, estudos e práticas transformadoras no campo da Enfermagem e da saúde.
Denisy Dantas Melquiades Azevedo (PRESIDENTA)
Fernanda da Silva Guedes
Gabriel Leitão de Almeida Araújo
COMISSÃO ORGANIZADORA
Anny Gabrielly Brilhante Martins
Artur Amorim de Medeiros
Ayane Aiara Lauriano de Caldas
Bárbara Dalila dos Santos Teixeira
Brenna Kalyne da Conceição Ferreira
Emmilly da Silva Ferreira
Flávia Maria Medeiros de Azevedo
Gisélly Emanoely Lócio de Sousa
Heloiza Remígio Nascimento
Iza Maria Araújo Lira
Izabel Nina Tavares Bisneta
Jade Costa de Freitas
Jennifer Lorrany Pereira Barbosa
João Batista de Araújo Neto
João Pedro de Sousa Andrade
Júlia Mateus Lima Araujo
Kalyne Dantas Valéria
Kaylane Náthali Medeiros de Oliveira
Luís Pereira de Sousa Filho
Marcelo Alves Martins
Maria Fernanda Gomes dos Santos
Maria Gabriela Cordeiro Pinto Costa
Maria Vitória Vieira Soares
Nicoly Dantas Peronico Ferreira
Rany Ellen Torres de Medeiros
Raylla Duarte Arruda
Rebeca Elza Filgueira Galvão Clemente
Vitória Rodrigues Alves